“Armadura de ‘guerreira’ mais fere que protege”, diz especialista sobre saúde da mulher Ana Lisboa

Ana Priscila
Tempo de Leitura 3 min

Para Ana Lisboa, que acaba de voltar de tour de eventos e encontros femininos na Europa, realidade reflete medo de mulheres de “não aguentarem mais”.

Um estudo recente da PePSIC revela que mulheres procrastinam mais do que os homens, em geral. O dado ainda compara pouco mais de 36% delas com menos de 16,2% deles em relação aos que mais postergam, mas uma reflexão sobre o tema deu à especialista Ana Lisboa uma possível resposta: o medo inconsciente.

A empresária que é criadora do Feminino Moderno esteve recentemente em Portugal e França com a fundadora da Moving Girls, Camila Vidal, em um tour de eventos e encontros femininos para abordar a mulher na atualidade. De lá, opina que grande parte delas tem medo de “não aguentarem mais” ou “não conseguirem dar conta”, “de ficarem sozinha” e até “culpa por fazerem dinheiro ou prosperarem diferente da família de origem e serem julgadas.”

“O medo da rejeição está transformando as mulheres em guerreiras, fomentando a cultura do sacrifício. A saúde mental das mulheres está afetada por isso, por essa ideia da ‘guerreira’. A verdade mesmo é que não aguentamos mais ser guerreiras e não queremos isso. Essa armadura fere mais do que protege”, fala Ana, sinalizando alerta para a saúde mental feminina.

Durante o calendário pela Europa, Ana reuniu centenas de mulheres das mais variadas profissões e atividades cotidianas de sete países diferentes. “Nós nos reunimos e falamos de estratégia de negócios e recuperação da espiritualidade da mulher, já que são temas necessários, que precisam andar juntos e parecem ter se desconectado com o tempo”, explica Ana.

Segundo a especialista, essas mulheres que querem empreender, inovar e ainda cuidar da saúde mental e das relações são movidas pelo planejamento que fazem entre o que estão fazendo e o que precisam fazer para conquistarem tudo o que desejam.

“Foram treinamento de muito sucesso focado em conexão com o feminino para desenvolver uma mentalidade de execução e mais posicionamento para que cada vez mais mulheres assumam seus lugares de líderes de negócios e empresas”, reitera.

E termina: “Trabalhos assim são necessários. Nesses eventos, por exemplo, observamos a quantidade de mulheres imigrantes que passam dificuldades fora do país e se sentem sozinhas. Unidas, elas trazem mais possibilidades de novos negócios de forma saudável”.

Ana possui uma comunidade com mais de 27 mil mulheres de 21 países e garante, podemos ser diferentes externamente, mas nossas dores e medos inerentes a dinheiro e sucesso independem de qualquer nacionalidade e faixa etária.

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