A demissão do preparador físico Pablo Fernández, que agrediu Pedro com um soco, não põe um ponto final no caso dentro do Flamengo. Ainda há questões pendentes que a diretoria não pode ignorar.
Uma delas é a necessidade de investigar o que o atacante quis dizer ao escrever em sua conta do Instagram que “a covardia física se sobrepôs diante da covardia psicológica que tenho sofrido nas últimas semanas”.
É responsabilidade da direção rubro-negra ouvir o jogador e entender como e por quem teria sido praticada essa covardia psicológica.
Caso sejam identificadas pessoas que ainda trabalham no clube como responsáveis por tal comportamento, é imprescindível demiti-las, desde que as acusações sejam comprovadas.
Outro desafio para a diretoria é avaliar se Sampaoli prejudicou sua relação com o elenco ao tratar o caso como briga e oferecer uma segunda chance ao preparador físico, em vez de considerar a agressão ocorrida.
Ao manter o técnico no cargo, a diretoria sugere que não houve um abalo significativo na capacidade de Sampaoli de ser respeitado por seus jogadores.
No entanto, situações como essa requerem monitoramento diário. Se houver focos de insatisfação com o treinador ou outros membros da comissão técnica, isso pode se transformar em um incêndio catastrófico no vestiário do Flamengo.
É fundamental um acompanhamento contínuo para evitar que qualquer fagulha se transforme em uma grande crise. O trabalho à frente não é fácil, e a atual situação testará a competência dos gestores do futebol do Flamengo.