Se você já ouviu falar sobre direção autônoma, é provável que tenha questionado sua real segurança.
Empresas como a Nissan e o grupo automotivo General Motors já estão oferecendo recursos que permitem aos motoristas tirar as mãos do volante enquanto dirigem. A Tesla, por sua vez, está na vanguarda desse setor. Embora o número de acidentes seja uma preocupação, os verdadeiros riscos da direção autônoma são outros.
Sistemas de direção autônoma: O carro não dirige sozinho
Os sistemas de direção autônoma diferem das assistências ao motorista. O Full Self Driving da Tesla, por exemplo, ultrapassa as tecnologias atualmente presentes no mercado. O carro pode tomar decisões, como mudar de faixa, acelerar ou frear, com base no entendimento do ambiente ao redor. Em comparação, as tecnologias propostas pela GM, como o Super Cruise, ou pela Nissan, como o ProPilot, não são tão avançadas. Embora limitadas, essas tecnologias ainda permitem que o carro acelere, freie e mantenha-se na faixa durante a viagem. No entanto, o que ambos têm em comum é que o motorista, apesar de poder relaxar, deve continuar atento à estrada. Isso ocorre porque, às vezes, mesmo o sistema avançado da Tesla não consegue decidir adequadamente e solicita que o condutor reassuma o controle do volante. Portanto, mesmo que seja tentador, ativar a direção autônoma e relaxar não é uma opção viável.
Segurança
Com a popularização das assistências ao motorista – ou da direção autônoma – principalmente nos Estados Unidos, a segurança tornou-se uma preocupação primordial. Não é incomum que modelos Tesla com essa tecnologia se envolvam em polêmicas. De 2019 até o presente momento, o FSD esteve presente em 736 acidentes, incluindo 17 mortes. Contudo, não é o sistema em si que é responsável por isso e, para conscientizar sobre os riscos e a necessidade de cuidado com esses sistemas, a GM lançou uma campanha de educação pública para seus clientes. Um dos principais objetivos é esclarecer que o Super Cruise, assim como outros recursos de direção autônoma, não substitui o motorista.
Direção autônoma é segura?
Segundo Andrew Farah, diretor executivo de sistemas avançados de assistência ao motorista (ADAS) da GM, uma das razões pelas quais a montadora não rotula seu recurso como “direção autônoma” é porque o motorista deve permanecer atento a tudo. Para ele, o Super Cruise é um sistema de “mãos livres, olhos atentos”. Portanto, a segurança da direção autônoma depende do entendimento do condutor sobre o que ele pode ou não fazer com o sistema. Ele pode relaxar e soltar as mãos durante a viagem, mas não pode desviar o olhar da estrada e deve estar pronto para retomar o controle se algo der errado.