A crescente atenção à solidão e ao isolamento social nos últimos anos pode ser atribuída a uma série de fatores. Um dos principais é o reconhecimento cada vez maior dos impactos negativos que a solidão pode ter na saúde física e mental das pessoas. Pesquisas têm demonstrado que a falta de conexões sociais está associada a uma série de problemas de saúde, incluindo doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, infecções, declínio cognitivo, depressão e ansiedade. Isso tem levado a um aumento da conscientização sobre a importância das relações sociais para o bem-estar geral.
Outro fator é a evolução das condições sociais e culturais. Mudanças na forma como as sociedades estão organizadas, incluindo o aumento do individualismo, a urbanização e o uso excessivo de tecnologia, podem contribuir para sentimentos de desconexão e solidão. As redes sociais, por exemplo, muitas vezes não substituem as interações sociais presenciais e podem, às vezes, contribuir para a sensação de isolamento.
Além disso, eventos globais, como a pandemia de COVID-19, destacaram a importância das interações sociais e exacerbaram os sentimentos de isolamento devido ao distanciamento social necessário para conter a propagação do vírus. Isso trouxe a questão da solidão para o centro das atenções e aumentou a compreensão de como a falta de contato social pode afetar negativamente a saúde mental.
Os governos de alguns países também têm respondido ao problema da solidão, reconhecendo-a como uma preocupação de saúde pública. A criação de ministérios dedicados à solidão no Reino Unido e no Japão é um exemplo disso, mostrando que a questão está sendo levada a sério em nível governamental.
Portanto, a solidão ganhou destaque nos últimos anos devido a uma combinação de fatores, incluindo evidências crescentes dos seus efeitos prejudiciais à saúde, mudanças sociais e culturais, eventos globais que realçaram a importância das conexões sociais e ações governamentais para abordar o problema.