Exposição do Met destaca estilistas femininas que moldaram a indústria da moda

Luiz Antônio
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Ilustres estilistas femininas, como a italiana Miuccia Prada, a britânica Vivienne Westwood, a uruguaia Gabriela Hearst e a cubano-americana Isabel Toledo, estão entre as selecionadas pelo Museu Metropolitano de Arte (Met) de Nova York para estrelar sua próxima exposição, dedicada à influência criativa e ao legado artístico das mulheres que moldaram a indústria da moda nas últimas décadas.

Sob a curadoria do The Costume Institute, o setor de moda do Met, a exposição intitulada “Women Dressing Women” reunirá aproximadamente 80 trabalhos de mais de 70 criadoras que traçaram a trajetória de casas de moda de destaque, dirigidas por mulheres, desde o século XX até os dias atuais. A instituição anunciou a iniciativa na última quarta-feira (16).

A mostra também contará com a presença de Madeleine Vionnet, Rei Kawakubo (da marca Comme des Garçons), Claire McCardell, Pia Davis e Autumn Randolph (No Sesso). Além disso, será dado espaço ao trabalho de estilistas menos reconhecidas, como Ann Lowe, responsável pelo design do vestido de noiva usado por Jacqueline Bouvier em seu casamento com o então senador John F. Kennedy em 1953.

Ícones da moda, como Sarah Burton, Gabrielle Chanel, Ann Demeulemeester, Elizabeth Hawes e Jeanne Lanvin, serão representados por peças icônicas que completarão a exposição. A inauguração está programada para 7 de dezembro, com encerramento previsto para 3 de março de 2024.

‘Women Dressing Women’ promete oferecer uma nova perspectiva sobre o modelo convencional da história da moda e explorar de que maneira a indústria da moda tem servido como uma poderosa ferramenta para a autonomia social, financeira e criativa das mulheres, de acordo com os organizadores.

A exposição representa “conversas intergeracionais, enfocando ideias relacionadas ao progresso social das mulheres através da moda”, além de destacar conceitos inclusivos, como “feminilidade, práticas colaborativas, mentalidade sustentável e a pluralidade que passou a caracterizar o espírito da moda contemporânea”, acrescentaram.

Através de quatro conceitos-chave – anonimato, visibilidade, agência e conexão – os organizadores pretendem realçar as descobertas sobre identidades e vínculos entre as estilistas ao longo da história, proporcionando “novas perspectivas e um entendimento mais profundo de suas obras”.

Max Hollein, diretor do museu, afirmou que esta exposição oportuna convida o público a refletir sobre a contribuição crucial das mulheres para a moda desde o início do século XX. A mostra continua o trabalho do museu de “ampliar vozes historicamente subestimadas e celebrar o trabalho daquelas que alcançaram reconhecimento”, ressaltou.

A exposição é uma criação conjunta da curadora associada Mellissa Huber, do The Costume Institute, e da curadora convidada Karen Van Godtsenhoven.

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