As ostras, moluscos bivalves conhecidos por sua textura única e sabor marinho, são apreciadas ao redor do mundo, muitas vezes consumidas cruas como iguaria luxuosa. Essas delícias do mar possuem uma concha que se divide em duas valvas, e anualmente, em 5 de agosto, é celebrado o Dia Mundial da Ostra.
No cenário culinário brasileiro, as ostras conquistaram um espaço especial. Em diversos restaurantes, como o renomado Otra, localizado em Copacabana (RJ), elas fazem sucesso entre os comensais. Juliana Catharino, uma das sócias do restaurante, compartilhou um pouco sobre a origem das ostras servidas no estabelecimento: “As ostras vêm de Florianópolis, considerada a Capital Nacional da Ostra, responsável por quase 80% da produção nacional”.
De acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), o Brasil é o décimo sétimo maior produtor mundial de ostras. Dentre os estados produtores, destacam-se Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Alagoas, Sergipe, Pará e Maranhão.
As ostras são mais do que uma iguaria saborosa; são também uma fonte valiosa de nutrientes. De acordo com a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos, 100 gramas de ostra (Crassostrea rhizophora) fornecem apenas 70 calorias, mas apresentam 10,5 gramas de proteínas. Além disso, as ostras são reconhecidas por seu baixo teor de gordura saturada e por serem ricas em micronutrientes essenciais, como as vitaminas B1 e B2, além de minerais como zinco e ferro.
Há muito tempo circula a ideia de que as ostras são um afrodisíaco natural, capaz de estimular o desejo sexual. No entanto, a nutricionista Julia Marques esclarece que não há base científica que comprove diretamente esse efeito. Embora o zinco presente nas ostras possa estar relacionado à produção de testosterona, não há evidências sólidas que as vinculem diretamente ao aumento da libido.
Para apreciar o sabor pleno das ostras, é crucial garantir sua frescura. A chef Jess Hulme, do restaurante Pitanga em Niterói (RJ), compartilha dicas valiosas: “Uma concha fechada é um sinal de que a ostra está viva e fresca; por isso, preferimos abri-las no momento de servir”. Ainda segundo Hulme, o som emitido ao bater na casca deve ser sólido, semelhante a pedra.
O armazenamento e preparo adequados também são fundamentais. Juliana Catharino ressalta que as ostras têm um prazo de validade curto, por isso, no restaurante Otra, elas são recebidas três vezes por semana para garantir sua frescura. As ostras são mantidas na geladeira e abertas apenas no momento de servir, após passarem por um processo de higienização rigoroso.
A forma mais tradicional de consumir ostras é crua, com um toque de limão para realçar seu sabor marinho. No entanto, existem diversas maneiras criativas de saborear esse tesouro do mar. As ostras podem ser assadas, grelhadas, fritas ou usadas em ensopados. A chef Jess Hulme também compartilha uma técnica interessante: “Por vezes, também fazemos a ostra levemente cozida no sous vide, garantindo uma textura maravilhosa e segura para o consumo”.
O Dia Mundial da Ostra é uma oportunidade para celebrar essa iguaria marinha e explorar suas muitas possibilidades culinárias. Se estiver no Rio de Janeiro, restaurantes como o Otra e o Pitanga oferecem experiências especiais para aqueles que desejam aproveitar ao máximo o sabor e frescor das ostras.
Ao saborear as ostras, é possível apreciar a riqueza dos sabores do mar, além de explorar sua versatilidade gastronômica. Das formas tradicionais às técnicas modernas de preparo, as ostras continuam a ser um símbolo de elegância e requinte na culinária mundial.