O Governo do Distrito Federal (GDF) reforça continuamente a segurança pública.
Em uma solenidade marcante, a mais recente turma de aprovados no concurso público para o cargo de policial penal concluiu sua formação, assinalando um marco importante para o fortalecimento da segurança no Distrito Federal.
Os 1.563 indivíduos selecionados para ocupar vagas imediatas no cargo de policial penal se formaram nesta terça-feira pela manhã, através de um curso especialmente desenvolvido para prepará-los para sua carreira no sistema penal. A cerimônia, realizada no Centro Internacional de Convenções, foi enriquecida pela entrega de 57 novas viaturas operacionais, adquiridas pelo Governo do Distrito Federal (GDF).
Os graduados agora estão aptos a serem nomeados e tomarem posse como policiais penais no Distrito Federal. Com 400 vagas imediatas e 799 adicionais em cadastro reserva, o concurso reflete a determinação do edital. Um aspecto notável é que 40% das oportunidades são reservadas para mulheres.
A homologação do resultado final do concurso foi publicada no Diário Oficial do DF (DODF) nesta mesma terça-feira, consolidando mais um passo em direção à nomeação, sujeita à disponibilidade dos recursos do GDF e do Fundo Constitucional.
A vice-governadora Celina Leão enfatizou que a formação dos candidatos é parte essencial do plano do governo para fortalecer o sistema penal. “Precisamos de homens e mulheres preparados para enfrentar os desafios que vêm com o crescimento do sistema prisional. Nosso compromisso é proporcionar um ambiente de reabilitação, e isso requer uma mão de obra capacitada”, afirmou.
Wenderson Teles, Secretário de Administração Penitenciária, destacou a relevância da formação para os futuros policiais penais. Ele ressaltou a intenção de nomear o maior número possível de aprovados nos próximos dois anos para abordar o déficit existente.
Quanto às viaturas, um investimento de R$ 10 milhões do governo possibilitou a aquisição de novos veículos que reforçarão as operações de patrulha e transporte de detentos, além de apoiar todas as atividades nas unidades prisionais. As viaturas foram projetadas para se adequar à nova identidade visual da Polícia Penal, reforçando a identificação e a presença da corporação.
Desde quando comecei a estudar, ser policial sempre foi um sonho. Quando passei no concurso da Polícia Penal do Distrito Federal, eu chorei, mas foi um choro de felicidade e de dever cumprido. Eu e mais de 1.500 aprovados encerramos o curso de formação e, digo por mim, já me sinto parte dessa polícia honrada e forte, mesmo que ainda não nomeada. Estou muito feliz por cada conquista, por cada etapa.
Camilla Ribeiro, uma das aprovadas que fez o curso de formação.
Futuros policiais penais. Durante a solenidade, os três alunos destaque do curso foram homenageados, bem como os formandos que tiveram os nomes gravados em uma placa.
A formanda Carolinne Alves, 27 anos, definiu o dia como uma grande conquista. “É uma realização pessoal. É muito bom você ver que todos os seus esforços estão sendo colhidos”, comentou. Para ela, o curso foi essencial para ter a primeira experiência dentro do sistema prisional. “Foi uma experiência muito boa com os policiais porque você vê que está contribuindo para manter a sociedade mais segura”, avaliou.
Também concluinte do curso, o formando Bruno Gomes, 26 anos, destacou o curso de formação. “No começo foi um baque. É uma realidade com a qual a gente não convive e não tem a mínima dimensão. Mas foi muito gratificante. Foi de grande valia”, comentou.
Formação. A terceira edição do Curso de Formação Profissional da Polícia Penal do DF (CFP/PPDF) teve início em 15 de maio, com cerca de 1,6 mil alunos divididos em 38 turmas que participaram da aula magna no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. As aulas teóricas foram ministradas até 9 de junho por 130 instrutores no Centro Universitário Planalto do Distrito Federal (Uniplan), em Águas Claras. Além disso, todos os alunos passaram pelo estágio supervisionado em todas as unidades prisionais do DF.
O curso ampliou o leque de matérias dentro da grade curricular adequando à atuação efetiva da Polícia Penal do DF, buscando atender aos anseios e às demandas do sistema prisional.
É importante essa preparação para que eles entrem no sistema penitenciário e conheçam algumas situações ainda sem experiência. Tentamos formar ali pelo menos o básico e tirar um pouco do instinto deles, que é algo que faz parte da carreira dos policiais penais.
definiu o coordenador geral do curso de formação, o policial penal Edson Sena.
Durante a formação, foram 180 horas-aulas distribuídas em quatro semanas de formação. Todas as turmas receberam instruções em disciplinas como Direitos Humanos e Grupos Vulneráveis; Lei de Execução Penal e Medidas de Segurança; Estrutura Orgânica do Sistema Penitenciário do Distrito Federal; Ética no Sistema Penitenciário e Prevenção à Tortura; Atendimento ao Público no Sistema Penitenciário; e Tráfico e Uso de Drogas no Sistema Penitenciário.
