O Ministério das Comunicações (MCom) divulgou nesta quarta-feira (23) que a faixa de frequência de telecomunicações, que possibilitará a implantação da rede 5G, será liberada para a instalação de novas estações em mais 100 municípios no Brasil. Entre eles, 73 são do Rio Grande do Sul e outros 27 estão localizados em Santa Catarina, de acordo com a tabela abaixo.
A partir da próxima segunda-feira (28), as operadoras de telefonia que adquiriram lotes na faixa de 3,5 GHz durante os leilões do 5G em 2022, nas 100 cidades mencionadas, poderão solicitar à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a licença e ativação das estações de 5G.
Esse processo teve início pelas capitais em junho de 2022 e tem se expandido para outras cidades desde então. De acordo com o Ministério das Comunicações, a partir da próxima segunda-feira, cerca de 122 milhões de cidadãos, o que representa quase 60% da população do país, residentes em 1.812 municípios, serão atendidos pela rede 5G.
A liberação da faixa não implica na instalação imediata das redes 5G nessas localidades. A implantação das estações da tecnologia de quinta geração (5G autônomo) depende do planejamento individual de cada prestadora de serviço.
Para facilitar o acompanhamento dos municípios contemplados, o grupo responsável pelo monitoramento de soluções para problemas de interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz disponibiliza um painel de dados com informações sobre os municípios onde a faixa de 3,5 GHz já foi liberada, além do planejamento aprovado para as próximas liberações.
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, destacou: “A liberação da faixa do 5G é uma das primeiras etapas desse trabalho contínuo do governo federal, que abrange todo o país, visando a levar a quinta geração de dados móveis a todos os brasileiros, a todas as escolas e unidades de saúde. Embora os compromissos das operadoras vencedoras do leilão do 5G se estendam até 2030, estamos trabalhando para antecipar esse prazo.”
Vale ressaltar que a tecnologia 5G utiliza a mesma faixa de radiofrequência do sinal de TV transmitido para as antenas parabólicas tradicionais, conhecida como Banda C. A Anatel alerta que as antenas parabólicas tradicionais deixarão de funcionar devido a essa sobreposição de frequências, portanto, os usuários que ainda dependem de antenas parabólicas para receber transmissões de TV aberta precisarão adaptar seus equipamentos para evitar interferências ou a interrupção do sinal.
O Ministério das Comunicações e a Anatel esclarecem que as parabólicas tradicionais devem ser substituídas pelas novas parabólicas digitais. Para famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), o governo oferece kits gratuitos de instalação do novo modelo, garantindo som e imagem de melhor qualidade. No entanto, é necessário agendar a instalação dos novos equipamentos.
Por outro lado, cidadãos que recebem o sinal de TV por antenas do tipo “espinha de peixe” ou antenas digitais internas não precisarão trocar seus equipamentos.
Todas as informações estão disponíveis no site Siga Antenado.