Filipe Toledo confirmou seu favoritismo e conquistou o bicampeonato mundial de surfe. Competindo em Trestles, perto de sua residência, ele derrotou o australiano Ethan Ewing na final do WSL Finals, hoje (9) e celebrou com a torcida brasileira na praia californiana.
O que aconteceu Filipinho venceu Ethan Ewing por 2 a 0 na melhor de três baterias após o australiano chegar à final.
Os resultados das baterias foram 17,97 a 17,23 e 14,27 a 12,37 para o brasileiro.
Filipinho, que conquistou seu primeiro título no ano passado, manteve a supremacia da “Brazilian Storm” na modalidade, garantindo o sétimo título do Brasil nos últimos nove disputados.
Toledo agora está a um título de igualar o recordista brasileiro Gabriel Medina. Adriano de Souza, o Mineirinho, e Ítalo Ferreira têm um título cada, sendo que o segundo também é o primeiro e único campeão olímpico.
Filipinho começou a bateria atrás de Ewing, mas assumiu a liderança com uma nota 9,00, a maior da bateria. O australiano pressionou com notas de 8,50 e 8,73, mas um 8,97 do brasileiro assegurou a vitória do surfista de Ubatuba (SP).
A segunda bateria começou frustrante para os fãs de surfe, já que as ondas do mar de Trestle simplesmente desapareceram. Nos primeiros 20 minutos, nenhum dos dois surfistas conseguiu pegar uma onda.
A maré só começou a mudar um pouco nos últimos dez minutos, quando Filipe Toledo aproveitou ao máximo a situação. Aos nove minutos, Filipinho conseguiu um 7,50 e deixou Ethan em combinação de notas. O australiano tentou reagir, mas o brasileiro não deu margem para uma virada e manteve o ritmo até a vitória.
Por ter terminado em primeiro no ranking classificatório, Filipinho avançou diretamente para a decisão do WSL Finals, enquanto os outros competidores precisaram passar por baterias anteriores.
Ethan Ewing, seu adversário na final, começou na segunda rodada, enfrentando o brasileiro João Chianca, o Chumbinho, que havia vencido o também australiano Jack Robinson na primeira bateria do dia.
Ewing enfrentou uma semifinal difícil contra o norte-americano Griffin Colapinto, que contou com o apoio da torcida local, mas conseguiu vencer.
Apesar de ser brasileiro, Filipe Toledo se sentiu em casa, pois mora na Califórnia (EUA) desde 2014 e está acostumado a surfar nas ondas de Trestles.
Outro brasileiro no Finals era João Chianca, o Chumbinho. Ele estava em busca de seu primeiro título mundial e começou bem. O surfista de Saquarema (RJ), que terminou em quarto no ranking antes do Finals, venceu a primeira bateria masculina do dia contra o australiano Jack Robinson (5º no ranking).
Chianca enfrentou Ethan Ewing (3º no ranking) na sequência, e o australiano, mesmo não estando 100%, mostrou seu talento, aplicando um surfe de borda perfeito e alcançando uma nota 9. Ele abriu uma vantagem considerável e deixou o brasileiro em combinação, mas Chumbinho tentou uma virada nos minutos finais, que não foi suficiente, e o placar final foi de 17,60 contra 14,74 para o australiano.
Antes de se classificar para a final, Ewing derrotou na semifinal o norte-americano Griffin Colapinto (vice-líder do ranking), que contou com o apoio de sua torcida nas areias de Trestles.
