Mauro Cid não deve dar novos depoimentos após acordo de delação

Luiz Antônio
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O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, não deve prestar novos depoimentos à Polícia Federal após a homologação de seu acordo de colaboração premiada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Fontes ligadas aos casos afirmam que Cid já fez declarações reveladoras no âmbito das investigações em andamento, abordando temas como a venda ilegal de joias, falsificação de cartões de vacina para Covid e possíveis tramas golpistas para manter o ex-presidente no poder.

Durante seu depoimento anterior à Polícia Federal, que ocorreu no dia 28 de agosto e durou mais de 10 horas, Cid foi confrontado com documentos, perícias em celulares, e planilhas de dados de computadores apreendidos. Ele respondeu a diversos questionamentos dos investigadores, e por isso, neste momento, não se prevê a necessidade de novos depoimentos.

O ex-ajudante de ordens só será chamado a depor novamente caso surjam novos indícios de crimes que o envolvam, ou que envolvam Jair Bolsonaro e seu círculo íntimo, ou ainda se houver necessidade de esclarecimentos adicionais.

A Polícia Federal continua analisando materiais recolhidos nas apreensões, que serão utilizados para corroborar a colaboração premiada. Por se tratar de um processo investigatório sigiloso, revelar detalhes do que está sendo investigado poderia prejudicar a produção de provas e ensejar nulidades no processo.

O ex-ajudante de ordens permaneceu em silêncio durante a maior parte das investigações, mas a estratégia de defesa mudou quando ele passou a ser representado pelo advogado Cezar Bitencourt, que anunciou que Cid admitiria ter vendido joias presidenciais nos Estados Unidos a mando de Bolsonaro. Contudo, posteriormente, o advogado esclareceu que o cliente prestaria “esclarecimentos” e negou que Cid iria “dedurar” Bolsonaro. A situação continua sob análise e investigação, e o teor exato da colaboração de Mauro Cid permanece em sigilo.

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