O economista Joseph E. Stiglitz, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2001, defendeu a elevação da taxação sobre os mais ricos em uma palestra no STF. Ele destacou que o Brasil está no caminho certo ao buscar simplificar o sistema de impostos e atribuiu esse esforço ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Stiglitz argumentou que as pessoas que recebem dividendos deveriam pagar impostos “pelo menos iguais aos dos trabalhadores”. Ele mencionou que a Câmara dos Deputados aprovou um projeto em 2021 que taxa os dividendos em 20%, mas esse projeto está parado no Senado, enquanto o Imposto de Renda tem alíquotas de até 27,5%.
O economista defendeu a aplicação de alíquotas progressivas, onde as pessoas com renda mais alta pagam mais impostos. Ele enfatizou que essa abordagem não apenas reduz a desigualdade, mas também beneficia aqueles que pagam impostos mais altos.
Além disso, Stiglitz criticou o neoliberalismo, argumentando que essa ideologia econômica falhou ao aumentar a desigualdade e não proporcionar um crescimento econômico significativamente maior do que em outros períodos.
Ele também abordou ameaças à democracia em vários países, incluindo os Estados Unidos, e destacou o Brasil como uma das maiores democracias emergentes. Stiglitz sugeriu que o Brasil poderia liderar a criação de um think tank econômico de países emergentes e expressou críticas à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) por suas políticas relacionadas à entrada e saída de capitais.
Stiglitz trouxe importantes questões relacionadas à política tributária e à desigualdade econômica, bem como à saúde da democracia em diferentes partes do mundo.
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