A situação na Líbia após a tempestade mediterrânea Daniel é realmente preocupante. Até o momento, as autoridades líbias conseguiram recuperar mil corpos das áreas afetadas, mas o número de desaparecidos é ainda mais alarmante, com cerca de 10 mil pessoas ainda sem paradeiro conhecido.
O impacto da tempestade foi devastador, especialmente na cidade de Derna, onde estima-se que 25% da cidade tenha ficado inundada. Além disso, o ministro relatou que a tempestade causou a perda trágica de cerca de 2,5 mil vidas, tornando essa catástrofe um evento verdadeiramente doloroso para a região.
As operações de resgate e assistência humanitária são cruciais neste momento para ajudar as vítimas da tempestade e suas famílias. Esperamos que as autoridades e organizações internacionais possam colaborar para oferecer o apoio necessário às pessoas afetadas por essa tragédia na Líbia.
“O número de corpos recuperados em Derna é superior a 1.000. Não estou exagerando quando digo que 25% da cidade desapareceu. Muitos, muitos edifícios desabaram (…) Os corpos estão por toda parte – na água, nos vales, sob os edifícios”, disse Hichem Chkiouat, ministro da Aviação Civil e também integrante do Comitê de Emergência criado após as enchentes.
Chkiouat afirmou ainda que o número de mortos pode passar de 2,5 mil, à medida que o número de desaparecidos aumenta.
Regime parlamentarista da Líbia
A Líbia vive um regime parlamentarista instituído na cidade de Tripoli, capital do país, sob a chancela de Abdulhamid al-Dbeibah. O governo é consequência de uma revolta popular mobilizada em 2011 com apoio da Otan contra o então líder Muammar Gaddafi.
Isso porque, em 2014, o país se dividiu em duas frentes: uma alinhada à Otan, que é reconhecida internacionalmente, e outra liderada por Osama Hamad, que controla o leste do país.
Em 2021, al-Dbeibah foi escolhido primeiro-ministro com a premissa de realizar novas eleições para todo o país. No entanto, a votação ainda não ocorreu por conta de desentendimentos entre os grupos acerca das regras do pleito.