A expressão “cozinha autoral” ou “cozinha de autor” engloba um processo culinário único e criativo. Originado na França nas décadas de 70 e 80, durante o movimento conhecido como Nouvelle Cuisine Française (Nova Cozinha Francesa), esse estilo revolucionou a alta gastronomia francesa, promovendo inovações tanto na maneira de preparar quanto de apresentar os pratos.
Os pratos autorais refletem a personalidade do chef, sua maestria na cozinha e sua perspectiva singular sobre a gastronomia. Cada receita ganha uma narrativa e, em muitos casos, até mesmo nomes que homenageiam momentos ou figuras importantes.
A cozinha autoral enfatiza a importância da experiência e do conhecimento do chef na criação de suas receitas. Originalidade e identificação do prato com o criador são conceitos fundamentais nessa abordagem da culinária.
O percurso profissional de um cozinheiro muitas vezes começa com a reprodução de pratos clássicos, seguida pela execução de receitas de chefs renomados. A culminação desse processo é a criação de pratos autorais, marcando uma espécie de “maturidade” profissional na carreira.
É relevante considerar a ética dos profissionais na indústria de alimentos ao abordar esse tópico. A reprodução de pratos clássicos e a inspiração em receitas de outros chefs são práticas normais e enriquecedoras na evolução de um cozinheiro. No entanto, a cópia direta de pratos alheios, sem reconhecimento ou créditos, é considerada desrespeitosa e antiética. Em vez de copiar, profissionais devem buscar inspiração, adicionar seu toque pessoal e, quando apropriado, dar créditos aos criadores originais. Esse é o caminho para uma evolução profissional genuína e respeitosa na cozinha.