Previsões econômicas apontam para crescimento contínuo no Brasil

Ana Priscila
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Pela quinta semana consecutiva, o mercado financeiro tem revisado para cima sua previsão de crescimento da economia brasileira em 2023, com a estimativa agora apontando para um crescimento de 2,92%. Essa melhoria nas projeções foi destacada no mais recente boletim Focus, uma pesquisa semanal divulgada pelo Banco Central que reúne as estimativas para os principais indicadores econômicos.

Para o ano seguinte, as expectativas também são positivas, com um crescimento projetado de 1,5% no Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, o mercado prevê expansões de 1,9% e 2% para os anos de 2025 e 2026, respectivamente.

Essa perspectiva otimista é respaldada pelo desempenho econômico do Brasil no segundo trimestre deste ano, que apresentou um crescimento de 0,9% em comparação com o primeiro trimestre, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao mesmo período do ano anterior, o crescimento foi ainda mais significativo, atingindo 3,4%.

Considerando os últimos 12 meses, o PIB acumula uma alta de 3,2%, e no primeiro semestre de 2023, o crescimento acumulado foi de 3,7%.

Quanto à inflação, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a medida oficial da inflação no país, permaneceu em 4,86% no boletim Focus. Para o ano seguinte, a expectativa é de que a inflação fique em 3,86%, enquanto para 2025 e 2026, as previsões são de uma inflação de 3,5% para ambos os anos.

É importante notar que a previsão atual para a inflação de 2023 está acima do limite superior da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central, que é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Portanto, o limite superior desse intervalo é de 4,75%.

O Banco Central, em seu último Relatório de Inflação, indicou uma probabilidade de 61% de que o IPCA ultrapasse o teto da meta em 2023.

A projeção do mercado para a taxa básica de juros, conhecida como Selic, é que ela encerre 2023 em 11,75%. Para o ano seguinte, espera-se uma redução para 9%. Já para 2025 e 2026, as previsões apontam para uma Selic de 8,5% em ambos os anos.

A Selic desempenha um papel crucial no controle da inflação, e o Banco Central a utiliza como principal ferramenta para alcançar a meta de inflação. Quando a Selic aumenta, os juros mais altos podem conter a demanda aquecida, impactando os preços. Por outro lado, uma Selic menor tende a tornar o crédito mais acessível, estimulando a produção e o consumo, mas pode representar um desafio para o controle da inflação.

Finalmente, as projeções para a taxa de câmbio indicam um dólar a R$ 4,95 para o final de 2023, enquanto para o final de 2024, a previsão é que a moeda americana alcance R$ 5. Esses números são importantes para avaliar o impacto da taxa de câmbio na economia brasileira e nos preços de importações e exportações.

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