O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), reiterou o compromisso do governo com a estabilidade econômica e enfatizou que não haverá mudanças bruscas na política econômica do país. Segundo ele, a economia seguirá em um curso estável, com ênfase nas pessoas em situação de vulnerabilidade.
Durante o lançamento da estratégia para o Complexo Econômico-Industrial da Saúde, o presidente declarou: “Não faremos mudanças abruptas na economia, não inventaremos soluções mirabolantes. Vamos fazer o que é necessário”. Ele destacou que o foco da administração será dar atenção especial às pessoas em maior necessidade e aos trabalhadores de baixa renda, mantendo um compromisso de respeito a todos os cidadãos.
Essas declarações surgem em meio ao ceticismo de economistas e membros do Legislativo, responsáveis por aprovar o Orçamento de 2024, em relação à meta do governo de zerar o déficit das contas públicas no próximo ano. O deputado Danilo Forte, relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), afirmou que essa meta é “quase impossível”.
Para alcançar o equilíbrio nas contas públicas, o Executivo terá que cortar gastos ou aumentar a arrecadação. Caso contrário, será necessário revisar a meta fiscal. Entre as principais áreas de despesas públicas em 2023 estão o Bolsa Família, com R$ 50 bilhões, o aumento do aporte federal ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), com R$ 30 bilhões, e o piso nacional da enfermagem, com R$ 20 bilhões.
Além disso, o governo federal já realizou três bloqueios consecutivos de gastos em 2023, totalizando R$ 3,8 bilhões em despesas não obrigatórias no orçamento do ano. Essas ações visam cumprir as metas estabelecidas para 2023, conforme indicado no relatório de Receitas e Despesas Primárias do quarto bimestre.
Em um cenário desafiador, o governo busca equilibrar as demandas econômicas com seu compromisso de atender às necessidades das camadas mais vulneráveis da população, mantendo a estabilidade financeira do país. O futuro econômico do Brasil continua a ser um tema de grande debate e preocupação.
