De acordo com Josep Borrell, explosivos foram estrategicamente colocados nas turbinas, que são controladas pela Rússia. Tanto Moscou quanto Kiev se acusam mutuamente pela autoria da explosão que resultou no rompimento da barragem no sul da Ucrânia, causando cinco mortes e inundando uma extensa área de 600 km².
Na sexta-feira (9), o alto diplomata da União Europeia, Josep Borrell, declarou que a ruptura da barragem de Kakhovka, no sul da Ucrânia, ocorrida nesta semana, foi causada por explosivos inseridos nas turbinas da represa.
Como consequência do rompimento, uma área de aproximadamente 600 km² foi inundada e cinco pessoas perderam a vida. Milhares de indivíduos tiveram que deixar suas residências.
Borrell ainda afirmou que “todas as evidências apontam” para a responsabilidade da Rússia na explosão.
Kiev e Moscou continuam se culpando mutuamente pela autoria do incidente, que aconteceu em uma região ocupada pela Rússia, onde as tropas ucranianas iniciaram uma ofensiva nesta semana para tentar retomar o controle do território.
“A barragem não foi bombardeada. Ela foi destruída por explosivos colocados nas câmaras onde as turbinas estão situadas. Essa área está sob o controle russo”, afirmou Borrell em entrevista à emissora de televisão pública espanhola TVE.
“Obviamente, eu não estava lá para descobrir quem realizou esse ato. No entanto, tudo indica que tenha sido realizado em uma área controlada pela Rússia; dificilmente poderia ter sido outra pessoa”, prosseguiu ele.
A Rússia culpa a Ucrânia pela explosão da represa e, na quinta-feira (8), apresentou argumentos à Corte Internacional de Justiça (CIJ), alegando que Kiev destruiu a barragem por meio de “enormes” ataques de artilharia.