A menopausa precoce, também conhecida como insuficiência ovariana prematura (IOP), ocorre quando uma mulher cessa completamente sua menstruação antes dos 40 anos de idade. Isso pode ser causado por diversos fatores, como predisposição genética, condições médicas pré-existentes, procedimentos cirúrgicos ou, muitas vezes, por causas desconhecidas.
No Brasil, a idade média da menopausa situa-se entre os 50 e 51 anos. No entanto, as mulheres que passam pela menopausa precoce enfrentam desafios únicos devido à interrupção prematura da função ovariana.
Quando os ovários deixam de funcionar, o organismo sofre com a falta de estrogênio, o hormônio feminino primordial, o que aumenta o risco de problemas ósseos e cardiovasculares, além da perda da fertilidade.
É importante ressaltar que a menopausa é definida clinicamente como a data da última menstruação de uma mulher, sendo um evento natural que marca o fim da fase reprodutiva. No entanto, a menopausa precoce pode levar a consequências significativas para a saúde física e emocional.
Segundo a ginecologista Cristina Laguna, presidente da Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Endócrina da Febrasgo, quanto mais cedo ocorrer a falência ovariana, maior será o risco de desenvolver doenças que impactam negativamente a qualidade de vida e a expectativa de vida da mulher.
O tratamento da menopausa precoce geralmente envolve o uso de terapia hormonal para repor os níveis de estrogênio e progestina no organismo. Essa abordagem visa minimizar os sintomas incômodos da menopausa e proteger a saúde óssea e cardiovascular da mulher afetada.
Além disso, é importante adotar um estilo de vida saudável, que inclua uma dieta balanceada, atividade física regular e cuidados emocionais adequados.
É fundamental que as mulheres que apresentam sintomas de menopausa precoce busquem orientação médica especializada para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado às suas necessidades individuais.