Febre Maculosa: Aprenda a Prevenir a Doença Transmitida por Carrapatos

Brenno Ramos
Tempo de Leitura 3 min

A prevenção da febre maculosa é baseada em evitar o contato com o carrapato-estrela. Aqui estão as medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde para prevenir a doença.

Ao longo dos anos, o Ministério da Saúde observou a detecção da febre maculosa em estados que antes eram considerados silenciosos em relação a essa doença. Esta semana, o estado de São Paulo confirmou um óbito causado pela doença transmitida pelo carrapato-estrela, além de dois óbitos suspeitos.

Desde 2001, casos da doença foram confirmados nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Em 2003, surgiram os primeiros casos em Santa Catarina, tornando as regiões Sudeste e Sul as mais afetadas pela doença até hoje.

De 2007 a 2021, foram notificados no país 36.497 casos de febre maculosa, dos quais 7% foram confirmados e 32,8% resultaram em óbito. Os dados do boletim epidemiológico do Ministério destacam uma média de 2.433 casos suspeitos notificados por ano, sendo que em 2009 houve o menor número de notificações e em 2019 o maior.

A média anual de casos confirmados foi de 170, variando entre 94 em 2008 e 284 em 2019. Quanto aos óbitos, observou-se uma variação entre 20 e 94 por ano, com uma taxa de letalidade média de 32,8% ao longo da série histórica. O ano de 2015 registrou a maior taxa de letalidade, com 42%.

A doença é notificada praticamente em todo o país, com as regiões Sudeste e Sul sendo responsáveis por mais de 80% dos casos. No Sudeste, também há o maior número de óbitos (739), enquanto no Sul, apesar de Santa Catarina apresentar o maior número de casos (509), não foram registrados óbitos devido às diferenças no agente causador da doença e nos quadros clínicos (ver a seguir).

A febre maculosa é causada por bactérias do gênero Rickettsia, transmitidas pelo carrapato-estrela, conhecido cientificamente como Amblyomma cajennense. No Brasil, duas espécies dessa bactéria estão associadas aos casos clínicos de febre maculosa: a Rickettsia rickettsii, registrada no norte do estado do Paraná e nos estados da região Sudeste; e a Rickettsia parkeri, que tem sido encontrada em ambientes de Mata Atlântica (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará).

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