A pesquisa, realizada em cinco grandes regiões do país, identificou um aumento de 90% na prevalência da obesidade nessa faixa etária, passando de 9% em 2022 para 17,1% em 2023.
Além disso, apenas 36,9% dos jovens cumprem o tempo recomendado de atividades físicas por semana (mais de 150 minutos), apenas 33,5% consomem frutas regularmente e 39,2% consomem verduras ao menos cinco vezes por semana. A maioria dos jovens (76,1%) faz uso excessivo de telas, o que inclui o tempo gasto em smartphones, tablets e computadores.
A pesquisa também revelou problemas relacionados ao sono, com 42,8% dos jovens alegando não dormir bem e 47,8% dizendo dormir pouco. Em relação ao consumo de substâncias nocivas, 9,4% são fumantes ou ex-fumantes de cigarro tradicional, 15,8% já utilizaram narguilé e 17,3% já consumiram cigarro eletrônico.
Os dados indicam que 8,2% dos jovens brasileiros têm hipertensão e 2,2% têm diabetes diagnosticada. No entanto, muitos desses jovens não fazem uso de medicamentos, mesmo com prescrição médica.
Os pesquisadores alertam para a necessidade de planejar políticas públicas voltadas para essa faixa etária, uma vez que esses comportamentos de risco podem ter consequências catastróficas no futuro, incluindo o aumento da mortalidade precoce por doenças crônicas não transmissíveis. A piora nos hábitos de saúde dos jovens também levanta preocupações em relação ao financiamento do sistema de saúde e à capacidade de lidar com essas doenças no futuro.
Os dados obtidos no estudo Covitel 2023 serão utilizados para orientar estratégias de políticas públicas e buscar melhorias na saúde da população. A preocupação com as doenças crônicas não transmissíveis, acidentes e violência é uma prioridade para o governo, e é necessário desenvolver políticas mais eficazes para lidar com esses problemas.