A guerra na Ucrânia, apesar de ser um dos tópicos mais geradores de conteúdo e preocupação atualmente, é paradoxalmente o assunto que muitas pessoas ao redor do mundo preferem evitar.
Um relatório do Instituto Reuters de Estudos sobre Jornalismo da Universidade de Oxford revelou dados surpreendentes sobre essa tendência.
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Evitando Notícias sobre a Ucrânia
Cerca de 40% dos entrevistados em um estudo global admitiram evitar notícias sobre a Ucrânia. Este fenômeno foi particularmente notável na Europa, especialmente em países como Finlândia e República Tcheca.
O Padrão Europeu de Evitar Notícias
Na Finlândia, 75% dos entrevistados disseram evitar notícias sobre a Ucrânia, enquanto na República Tcheca, o número foi de 60%. Mesmo países vizinhos da Ucrânia, como Eslováquia e Hungria, mostraram uma alta taxa de evitação de notícias, com 50% e 47% respectivamente.
A Pesquisa Global e Suas Implicações
O estudo, que entrevistou cerca de 2 mil conjuntos de pessoas em 46 países diferentes, revela um retrato intrigante do consumo de notícias globais. Curiosamente, nem a Ucrânia nem a Rússia foram incluídas na amostra da pesquisa.
Desinformação e a Exclusão da Rússia da Pesquisa
O setor de mídia russo, atualmente controlado pelo Estado e acusado de estar repleto de desinformação, foi um dos motivos para a exclusão da Rússia da amostra final da pesquisa. Esta decisão sublinha a complexidade de realizar estudos de mídia em países com restrições severas à liberdade de imprensa.
Este relatório destaca uma tendência preocupante de evitar notícias, especialmente em assuntos delicados como a guerra na Ucrânia.
Reflete não apenas o estado atual do jornalismo global, mas também o impacto psicológico e social que conflitos prolongados podem ter sobre o público mundial.
A necessidade de informação equilibrada e confiável nunca foi tão crítica, especialmente em tempos de crise global.