Alimentos cancerígenos: Aspartame, carnes processadas, frituras e outras considerações

Luiz Antônio
Tempo de Leitura 3 min

O aspartame é um aditivo alimentar artificial utilizado como edulcorante, proporcionando um sabor doce aos alimentos e bebidas sem adicionar muitas calorias. É comumente encontrado em produtos industrializados classificados como “diet” e “light”, além de estar presente em alguns chicletes, pastas de dente, iogurtes, sorvetes e balas para tosse.

Recentemente, a Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (IARC) e o Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives (JECFA), órgãos ligados à Organização Mundial da Saúde (OMS), classificaram o aspartame como “possivelmente cancerígeno” para humanos. Essa classificação foi baseada em evidências limitadas de câncer em animais e humanos, especialmente em relação ao carcinoma hepatocelular, um tipo de câncer de fígado.

Apesar dessa classificação, os especialistas do JECFA concluíram que não há necessidade de alterar os limites considerados seguros para ingestão do aspartame. Atualmente, a recomendação diária da OMS é que o consumo não ultrapasse 40 miligramas por quilo do peso corporal. Isso significa que um adulto de 70 kg precisaria consumir entre 9 e 14 latas de refrigerante adoçado com aspartame por dia para exceder esse limite.

Outros alimentos também são considerados cancerígenos pela OMS e devem ser consumidos com cuidado, como bebidas alcóolicas, carnes processadas e alimentos fritos. As bebidas alcóolicas, por exemplo, estão classificadas no Grupo 1 da IARC, que contém substâncias com evidências científicas suficientes de serem cancerígenas. O consumo excessivo de bebidas alcóolicas está associado a pelo menos sete tipos de câncer.

As carnes processadas, como salsicha, linguiça, bacon e presunto, também estão no Grupo 1 da IARC e aumentam o risco de câncer colorretal quando consumidas em excesso. Além disso, alimentos fritos são classificados no Grupo 2A, contendo substâncias “provavelmente carcinogênicas a humanos”, devido à formação de acrilamida durante o processo de fritura.

Por fim, o extrato de aloe vera, também conhecido como babosa, está entre os agentes possivelmente cancerígenos para humanos, mas apenas com base em estudos em animais. No Brasil, o uso do extrato de aloe vera é proibido em alimentos e bebidas, sendo permitido apenas como aditivo para fins de aromatização.

É importante lembrar que a moderação e a variedade na dieta são essenciais para uma alimentação saudável. Sempre que surgirem dúvidas ou preocupações sobre alimentos e aditivos, é recomendado consultar um profissional de saúde qualificado para obter orientações adequadas.

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