Aos 73 anos, Vera Fischer fala abertamente sobre masturbação, drogas e carreira em entrevista ao ‘Fantástico’

Redação TEV
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Vera Fischer, de 73 anos, abriu o coração ao participar da estreia do quadro Pode Perguntar, do Fantástico, exibido neste domingo (27). A nova atração da TV Globo traz entrevistas conduzidas por profissionais dentro do espectro autista.

Durante a conversa, Vera falou sem tabus sobre sua vida amorosa, a experiência com drogas e sua relação com a própria sexualidade.

Ao ser questionada sobre o casamento com Felipe Camargo, com quem foi casada entre 1988 e 1995, a atriz relembrou os bons momentos e também as dificuldades. “Fomos muito felizes, viu? É que tem casamentos que acabam. E, sim, eu me envolvi com drogas. Mas a gente teve muitas brigas por ciúme, incompreensão e também imaturidade, né? Mas foi um casamento bacana enquanto durou”, afirmou.

Ela ainda destacou a importância da maternidade em sua trajetória: “Eu tive o meu filho, Gabriel, que é a coisa mais doce desse mundo. Do primeiro casamento com Perry Salles, eu tive a Rafaela. Então, toda relação de amor que termina com um filho que eu quis muito é porque foi feliz.”

Vera também relembrou gestos marcantes de seus filhos em momentos difíceis. Sua filha, Rafaela, foi fundamental para que ela buscasse ajuda no auge do envolvimento com drogas. “Ela armou um esquema para me mandar para a Argentina, onde eu pude ser internada longe da interferência da imprensa. Fui muito bem tratada lá”, contou. Já Gabriel, ainda no primário, emocionou a mãe com um bilhete cheio de carinho: “Mamãe, fique sempre linda, nunca fique na chuva para se molhar, trabalhe sempre para não ficar pobre e fique sempre bonita de coração.” O bilhete foi emoldurado e fica até hoje ao lado da cama da atriz.

Sobre a vida sexual, Vera falou com naturalidade: “Estou com 73 anos. Sabe como eu faço sexo? Eu comigo mesma. Já ouviu falar em masturbação? É ótimo. Uma terapia maravilhosa. Você não precisa do outro. Gosto muito de saber de mim, de gostar de mim”, disse. Ela ainda refletiu sobre o rótulo de símbolo sexual, que carregou por muitos anos: “Nunca me fez bem o endeusamento. Eu era chamada de ‘deusa’ por causa da novela Jocasta, mas, para mim, era tudo muito excessivo.”

Nas redes sociais, a atriz revelou que resistiu a entrar no mundo digital, principalmente por receio dos ataques. “Fácil não é. Eu não tive celular até 2020. No começo, tinha muita coisa de hater, diziam: ‘Está ficando velha’… Fiquei estigmatizada durante muito tempo”, contou. Hoje, no entanto, Vera celebra o carinho dos fãs e se sente mais acolhida. “Tenho fã-clubes que surgiram há pouco tempo, com gente nova, gente velha, me tratando com tanto carinho.”

A participação de Vera Fischer no novo quadro do Fantástico mostrou uma artista madura, sincera e cada vez mais confortável em dividir sua história com o público.

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