Ataques as instituições de ensino voltam a se repetir: episódios voltam a assustar alunos e pais: advogado mineiro Vitor Lanna explica como agir e indica associação

Luiz Antônio
Tempo de Leitura 3 min

Para Vitor Lanna, uma das saídas é formar grupo de pais e responsáveis para fortalecer vigilância das instituições de ensino

A fragilidade da segurança das instituições públicas de ensino do Brasil torna-se evidente a cada dia com ataques como o que aconteceu em Cambé, PR, onde uma aluna de 15 anos foi assassinada em um ataque a tiros hoje pela manhã. Cambé fica ao lado de Londrina e a cerca de 400 km da capital Curitiba. Outro estudante da mesma idade foi baleado e está internado em estado grave.

O poder público, de fato, não dá conta de vigiar como deveria todas as creches, escolas e afins, mas para o advogado Vitor Lanna existem saídas que os pais e responsáveis pelas crianças podem fazer para tentar evitar tragédias assim. A principal delas é a criação de associações por meio de grupos de WhatsApp ou outros aplicativos de conversa. Por eles, a vigilância pode ser fortalecida com troca de informações e compartilhamento de eventuais denúncias.

“Se alguém vir alguém estranho entrar, pode falar, por exemplo. Nesses casos, em relação ao direito da família, eu recomendo a criação de grupos de pais sempre para auxiliar as escolas no Brasil, principalmente as públicas. Elas (as escolas) não têm estrutura para criar esses mecanismos de segurança todos, mas com uma associação de pais pode-se criar uma maneira de fortalecer a atenção na questão da segurança escolar”, acredita.

Sobre os crimes em escolas, avalia: “Esse tipo de situação vem acontecendo cada vez mais no Brasil, algo muito parecido com o que acontece com os Estados Unidos há algum tempo. No País, um pouco pode estar relacionada à política do governo passado de incentivo ao porte de arma com uma série de facilitadores para isso e outra parcela, à saúde mental”.

Para o especialista, creches e escolas também têm que agir e buscar formas de prevenir esse tipo de acontecimento. O advogado pontua que políticas compartilhadas entre polícias e responsáveis pelas crianças, com direção e coordenação escolar, é uma boa.

“É importante que as instituições busquem dialogar com o poder público pedindo esse suporte de vigilância, principalmente, se percebem algum indício. Nem sempre há indício, claro, mas pode-se buscar ajuda preventiva com polícia, guarda municipal…”, elenca.

E conclui: “As creches também precisam urgentemente padronizar a liberação de entrada de pessoas. Tem que haver um cadastro, um tipo de controle, porque não pode deixar todo mundo entrar sem identificação em um local assim. Esse tipo de ação é comum já para proteger as crianças e evitar problemas”.

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