O avião que caiu em um acidente em Barcelos, no interior do Amazonas, na tarde deste sábado (16), é um bimotor turboélice do modelo EMB-110 “Bandeirante”, fabricado pela Embraer. O acidente resultou na trágica morte de 14 pessoas, conforme anunciado pelo governo do Amazonas.
Essas aeronaves turboélice, movidas por hélices, geralmente operam em rotas mais curtas e em pistas menos preparadas para aterrissagem de aeronaves de grande porte.
O avião em questão é utilizado tanto para fins civis quanto militares, possuindo capacidade para transportar até 18 passageiros. Ao longo de 18 anos, entre 1973 e 1991, foram fabricadas um total de 498 aeronaves desse modelo. Dessas, 253 permaneceram no Brasil, enquanto 245 foram vendidas para outros países. Aproximadamente 320 aviões desse modelo ainda estão em operação atualmente.
O nome “Bandeirante” foi atribuído a essa aeronave pelo Coronel Paulo Victor, então diretor do Comando Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), fazendo referência aos bandeirantes, exploradores que desbravaram o interior do Brasil.
A produção do Bandeirante foi encerrada no final de 1991, e a última aeronave desse modelo foi entregue ao Governo da Amazônia em 1995.
Das 14 vítimas do acidente, 12 eram passageiros e duas eram tripulantes, todos do sexo masculino. Os corpos foram levados para um ginásio na cidade.
O avião era um Embraer EMB-110 “Bandeirante” operado pela empresa ManausAerotáxi e havia decolado de Manaus com destino a Barcelos.
As condições meteorológicas adversas na região podem ter contribuído para o acidente, que, segundo relatos de moradores locais, ocorreu durante a fase de aterrissagem.
A Força Aérea Brasileira (FAB) foi acionada para investigar as causas do acidente.
Barcelos é conhecida por seu ecoturismo e é um dos principais destinos para a pesca esportiva no Brasil. Atualmente, a cidade está em alta temporada para essa atividade, que ocorre entre setembro e fevereiro.