Brasil tem novo medicamento para diabéticos tipo 2 com DRC

Brenno Ramos
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Segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pacientes diabéticos nas Américas mais do que triplicou nas últimas três décadas, e o Brasil é um dos cinco países com maior população de pessoas com essa condição.

Estima-se que até 2030 o diabetes afete pelo menos 21,5 milhões de brasileiros. O tipo 2 da doença é o mais comum e sua crescente prevalência em todo o mundo é impulsionada por uma combinação de fatores socioeconômicos, demográficos, ambientais e genéticos.

Quando não controlado corretamente, o diabetes mellitus do tipo 2 (DM2) pode causar várias complicações que podem ser fatais ou causar impactos significativos na qualidade de vida dos pacientes. Entre as consequências estão os problemas renais, sendo que essa população apresenta 40% de chances de desenvolver problemas nos rins, além do risco elevado de desfechos cardiovasculares.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto IPSOS e encomendada pela Bayer buscou entender o quanto pacientes com DM2 latino-americanos conhecem as comorbidades da condição. Revelou-se que problemas cardíacos em decorrência do diabetes aparecem em último lugar na lista dos entrevistados. Complicações renais ficam em terceiro lugar, enquanto problemas com a visão e formigamento nas extremidades são os mais lembrados. Nesse sentido, apenas 13% dos entrevistados na pesquisa do IPSOS sabem que sofrem de problemas renais, apesar de 40% dos pacientes com DM2 desenvolverem a doença renal crônica.

“A DRC é uma condição potencialmente fatal, geralmente subdiagnosticada, e que amplia os riscos de desenvolver problemas no coração, uma das principais causas de morte nesta população”, alerta Isabella Laba, líder médica da área cardiorrenal da divisão farmacêutica da Bayer no Brasil.

Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a molécula finerenona para o tratamento da comorbidade que afeta pacientes diabéticos com DM2, retardando a progressão da DRC. Essa molécula já havia recebido aprovação regulatória em outros países anteriormente. Com a chegada de finerenona ao mercado brasileiro, ela passa a compor o portfólio de inovações estratégicas para o crescimento do segmento farmacêutico da Bayer nos próximos anos.

A conscientização do público acerca das condições não-óbvias, como as complicações renais e cardíacas, é essencial, assim como o alerta dos médicos nos consultórios. É preciso que cada vez mais se crie conscientização em relação às possíveis condições que o diabetes pode causar, bem como às inovações no cuidado e tratamento delas.

Dra. Isabella Laba.
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