Caso Daniel Alves: Ministério Público da Espanha pede nove anos de prisão

Luiz Antônio
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O Ministério Público da Espanha pediu nove anos de prisão para o jogador brasileiro Daniel Alves, que enfrenta acusações de agressão sexual. O pedido inclui também uma indenização de 150 mil euros (cerca de R$ 799 mil) para a vítima. O lateral-direito, que nega as acusações, está em prisão preventiva desde janeiro e aguarda o julgamento. O caso envolve uma mulher de 23 anos que acusa Daniel Alves de estupro em dezembro de 2022, em Barcelona. O jogador será julgado pelo tribunal de Barcelona, mas a data da audiência ainda não foi definida. O pedido do Ministério Público reforça a gravidade das acusações e coloca o jogador diante de um cenário jurídico complexo.

Entenda a acusação

Nos primeiros dias após a prisão do jogador, os principais jornais da Espanha – como “El País” e “El Mundo”, de Madri, e “El Periódico” de Barcelona – publicaram trechos do depoimento prestado à Justiça pela mulher que acusa Daniel Alves de estupro. O jogador está em prisão preventiva sem direito a fiança. Ele nega ter cometido o crime do qual é acusado. De acordo com os relatos publicados pela imprensa espanhola, a vítima contou no depoimento que no dia 30 de dezembro de 2022 estava na boate Sutton, em Barcelona, quando o grupo do qual fazia parte recebeu um convite para entrar numa área VIP. Um garçom as levou até uma mesa onde estava Daniel Alves, a quem a vítima inicialmente não reconheceu. Um grupo de mexicanos, amigos do jogador, o apresentou à denunciante. Segundo os jornais, a vítima relatou à Justiça que ela e Daniel Alves dançaram juntos até que o jogador “levou várias vezes a mão dela até seu pênis, que ela retirou assustada”. Por volta das 4h30 da madrugada, ele pediu a ela para segui-lo até uma porta. Assim que entraram, ela se deu conta que estava num banheiro. Ali teria ocorrido o crime. Sempre de acordo com o depoimento da denunciante, ela teria tentado sair do banheiro, mas foi impedida. Daniel Alves a teria penetrado de maneira violenta até ejacular. Ele teria sido o primeiro a deixar o banheiro. Quando ela saiu, contou o que aconteceu a uma amiga. Quando a segurança do local foi informada, o lateral já tinha deixado a boate. A vítima foi imediatamente fazer exames num hospital. Dois dias depois, ela fez a denúncia à polícia. O DNA de Daniel Alves foi encontrado nos testes feitos pela moça. Desde o início, a juíza do caso afirma que “há provas suficientes” para a condenação do jogador. Segundo a imprensa espanhola, a previsão é que o julgamento ocorra entre o fim de 2023 e o início de 2024. Desde que foi preso, Daniel Alves teve três pedidos de liberdade provisórias negados, o último deles em junho.

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