Consequências da doença de Newcastle para a saúde e economia

Redação TEV
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Nesta sexta-feira (19), o governo federal anunciou a suspensão temporária das exportações de carne de aves para 44 países, após a detecção do vírus da doença de Newcastle em um aviário de Anta Gorda, no Vale do Taquari. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou a medida, que segue acordos bilaterais para garantir transparência aos importadores.

As restrições, com duração mínima de 21 dias, variam de acordo com o produto e a região afetada, conforme estipulado nos acordos comerciais. Alguns países suspenderam as importações de carne de aves de todo o território brasileiro, enquanto outros restringiram apenas produtos provenientes do Rio Grande do Sul ou de um raio de 50 km do foco da doença.

A partir deste sábado (20), barreiras sanitárias serão implementadas nas cidades produtoras de frango no Vale do Taquari, com a inspeção de 800 granjas por 70 servidores da Secretaria Estadual da Agricultura.

A doença de Newcastle foi identificada após uma tempestade de granizo danificar o aviário, resultando na morte de 7 mil aves. O vírus, que pertence ao grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1), foi sequenciado geneticamente a partir de amostras coletadas. A medida preventiva inclui a eliminação de aves, limpeza rigorosa do local e interdição imediata do estabelecimento avícola para evitar a propagação da doença.

Em termos econômicos, o Rio Grande do Sul é o terceiro maior exportador de carne de frango no Brasil, com 354 mil toneladas exportadas no primeiro semestre deste ano, gerando uma receita de US$ 630 milhões. A suspensão das exportações representa um desafio significativo para o mercado, afetando aproximadamente 5% da produção nacional.

A doença de Newcastle é transmitida principalmente entre aves, apresentando sintomas respiratórios, nervosos, diarreia e edema da cabeça. Embora seja classificada como zoonose de classe 2, não representa risco significativo para a saúde pública humana além de conjuntivite transitória.

As autoridades brasileiras enfatizam a importância da vacinação preventiva e da rápida adoção de medidas de controle para conter surtos, minimizando os impactos na indústria avícola e nas exportações do país.

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