A obsessão por dietas ricas em proteínas, frequentemente promovidas por influenciadores fitness, pode ter riscos para a saúde e não contribui necessariamente para o desenvolvimento muscular, uma vez que o excesso de proteína é eliminado pelo organismo. O consumo excessivo de proteínas pode sobrecarregar o fígado e os rins, resultando em problemas de saúde. Além disso, pode levar ao acúmulo de gordura, especialmente quando se trata de proteína animal, aumentando o risco de doenças cardiovasculares.
Outros possíveis efeitos negativos incluem desequilíbrio na microbiota intestinal, resultando em problemas digestivos como diarreia, e contribuição para o aumento do colesterol. É importante destacar que a proteína não é o único fator determinante para o crescimento muscular, o treinamento físico desempenha um papel crucial.
As recomendações da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) variam dependendo do nível de atividade física. Para pessoas sedentárias, a recomendação é de 0,8 a 1,2 gramas de proteína por quilo de peso por dia. Atletas de resistência podem precisar de 1,2 a 1,6 gramas por quilo, enquanto atletas de força (musculação) podem necessitar de 1,4 a 1,8 gramas por quilo. A American College of Sports Medicine sugere um máximo de 2,0 gramas por quilo por dia para atletas.
O suplemento de proteína mais comum, o whey protein, é recomendado apenas quando é difícil atingir as metas diárias de proteína por meio da alimentação convencional. No entanto, a suplementação não é necessária para todos e deve ser avaliada caso a caso por um profissional de saúde.
Portanto, é essencial equilibrar a ingestão de proteínas com as necessidades individuais e manter uma dieta balanceada, especialmente quando se trata de nutrição esportiva. Consultar um nutricionista pode ajudar a determinar as quantidades ideais de proteína e a escolher a melhor abordagem para atingir metas específicas de saúde e fitness.
