Com base nos dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, entre 2019 e 2023, o Brasil registrou um total de 12.195 mortes por asma. No ano de 2024, de janeiro a junho, foram notificados 883 óbitos, apontando uma possível tendência de queda em relação aos anos anteriores. A asma é a terceira condição mais atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), afetando cerca de 20 milhões de brasileiros, entre crianças e adultos.
Em 2023, foram realizados 42,4 milhões de procedimentos relacionados à asma pelo SUS, com 83,2 mil internações devido ao agravamento da doença, totalizando um custo de aproximadamente R$ 265 milhões aos cofres públicos. No primeiro semestre de 2024, houve 18,2 mil internações e 14,4 milhões de procedimentos, representando um custo de R$ 119,1 milhões.
Embora o número de internações tenha diminuído, os procedimentos e custos do atendimento aumentaram em 2024 em comparação com 2023. Isso reflete desafios significativos no tratamento da asma, incluindo financiamento de medicamentos e educação contínua para profissionais de saúde.
Ricardo Figueiredo, da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, destaca que avanços recentes, como a disponibilidade de corticosteroides e broncodilatadores, contribuíram para reduzir hospitalizações e mortes, mas ainda há necessidade de melhorar o manejo da doença, especialmente em casos graves.