O ex-jogador de futebol Daniel Alves foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão por estupro de uma jovem de 24 anos em uma boate de Barcelona, Espanha, em 30 de dezembro de 2022. A sentença foi anunciada pelo Tribunal de Barcelona, com a possibilidade de recurso à Sala de Apelações do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha. Alves já estava detido há 13 meses, tempo que será descontado da pena.
Além da prisão, Daniel Alves deverá cumprir cinco anos de liberdade vigiada, ficando nove anos proibido de se aproximar da vítima, pagando uma indenização de 150 mil euros por danos morais, físicos e custos judiciais.
O tribunal considerou que Alves agrediu sexualmente a vítima, ignorando sua recusa e usando violência. O Ministério Público solicitava uma pena de 9 anos, enquanto a acusação pedia 12 anos.
O julgamento, que durou três dias, incluiu o depoimento de 28 testemunhas, além de Alves e da vítima, cuja identidade foi mantida em sigilo. Alves defendeu sua inocência, alegando que a relação foi consensual e que estava embriagado no momento.
O ex-jogador foi detido em janeiro de 2023, após se apresentar voluntariamente para prestar depoimento. Ele foi preso depois que imagens de câmeras de segurança o mostraram com a vítima na boate.
Durante o processo, Alves mudou sua versão várias vezes, inicialmente negando conhecer a mulher, depois admitindo uma conversa e, finalmente, alegando relação consensual. Exames de DNA confirmaram a relação sexual, e amostras de sêmen no banheiro coincidiram com o material genético de Alves.
O caso teve grande repercussão, especialmente devido à posição de destaque de Alves no futebol internacional. Sua defesa enfrentou dificuldades após a saída de seu advogado original, Cristóbal Martell, que considerou o caso “perdido”.
A condenação de Daniel Alves por estupro ressalta a importância da justiça no combate à violência sexual, independentemente do status social do agressor.