Diddy enfrenta julgamento por tráfico sexual: Risco de prisão perpétua assombra carreira do rapper

Redação TEV
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Começa nesta segunda-feira (5) nos Estados Unidos o julgamento de Sean Combs, conhecido mundialmente como Diddy, por uma série de acusações graves envolvendo tráfico sexual, abuso e formação de quadrilha para exploração de mulheres. O caso, que chocou a indústria da música, pode levar o rapper e magnata do entretenimento à prisão perpétua, caso seja condenado.

As investigações apontam que Diddy teria mantido, ao longo de anos, um esquema organizado de aliciamento de mulheres, incluindo menores de idade, para fins de exploração sexual. A denúncia, apresentada por múltiplas vítimas e confirmada por evidências eletrônicas e testemunhos, acusa o artista de promover festas privadas onde as mulheres eram drogadas, coagidas e abusadas por ele e por seus associados.

Segundo os promotores federais, o julgamento trará à tona “uma rede de tráfico sexual que se estendia por vários estados, financiada por luxos e poder, onde a vontade das vítimas era sistematicamente anulada”. Um dos promotores afirmou que “nenhuma fama está acima da lei” e que o caso será um exemplo de justiça contra o abuso sistêmico de poder.

Diddy, de 54 anos, nega todas as acusações e se diz vítima de uma “campanha de difamação”. Seus advogados classificam o processo como “um ataque coordenado para destruir a imagem de um artista negro de sucesso”. Ainda assim, o artista já enfrentou consequências públicas: perdeu contratos com grandes marcas, teve eventos cancelados e foi desligado de projetos em andamento com plataformas de streaming.

O caso é considerado um dos mais explosivos do meio artístico desde os julgamentos de Harvey Weinstein e R. Kelly. Com o início do processo, dezenas de testemunhas — incluindo ex-funcionários, assistentes e possíveis vítimas — devem ser ouvidas.

Especialistas jurídicos apontam que, se for considerado culpado por todos os crimes imputados, Diddy poderá enfrentar pena de prisão perpétua, além de multas milionárias e a perda de direitos civis. O julgamento deve durar várias semanas e está sendo acompanhado com atenção por veículos de imprensa de todo o mundo.

O impacto já é visível também no mercado fonográfico: plataformas como Spotify e Apple Music registraram queda no consumo de músicas do artista desde a revelação das denúncias. A gravadora de Diddy, a Bad Boy Records, também está sob investigação por suposta conivência com os crimes.

Até o momento, Diddy mantém silêncio nas redes sociais. A defesa planeja apresentar documentos que, segundo eles, comprovariam motivações financeiras por parte das denunciantes. Já os promotores prometem “provas robustas e inquestionáveis” de que o cantor liderava uma rede criminosa por trás da fama e do glamour.

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