Elliot Page, conhecido por papéis em filmes como “Juno” e “A Origem”, lança autobiografia explorando lutas e desafios da transição em “Pageboy”.
Em entrevista ao “Fantástico”, ele compartilhou experiências de preconceito vividas, mas também falou sobre a sensação de realização que agora sente ao estar em harmonia com seu corpo.
Desde a infância, eu sentia que era diferente. Minhas primeiras memórias envolviam essa estranha confusão entre minha autopercepção e como as pessoas me viam. Escrever essa biografia trouxe clareza a tudo isso.
Ainda jovem, Elliot Page já expressava o desejo de ter um corte de cabelo bem curto. O livro relata situações de bullying por ser forçado a usar banheiros masculinos. Ao fazer testes para o filme “Menina Má.com”, a produção exigiu que ele deixasse o cabelo crescer.
A presença em eventos de tapete vermelho se tornou mais frequente, mas Elliot tinha dificuldade em assistir suas próprias atuações, como a arquiteta de sonhos em “A Origem”. Ele enfrentava ataques de pânico e depressão.
“De alguma forma, sempre canalizei meu desconforto para os personagens.” Em um trecho do livro, ele compartilha: “Eu precisava evitar meu próprio reflexo, não conseguia encarar fotos, pois nunca via o verdadeiro eu. Isso estava me fazendo mal.”
Em dezembro de 2020, Elliot Page revelou ser um homem trans. A reação foi mista, resultando em quase meio milhão de novos seguidores, juntamente com tanto apoio quanto transfobia.
“O ódio não me surpreendeu, mas houve momentos desconfortáveis. Eu me questionava se as pessoas que eram acolhedoras, por exemplo, em festas, realmente me aceitavam em seus pensamentos.”