Empresário acusado de devastação na Amazônia é preso em operação da Polícia Federal

Ana Priscila
Tempo de Leitura 2 min

Na quinta-feira (3), a Polícia Federal deteve o empresário Bruno Heller, apontado como o “maior devastador” da Amazônia até agora identificado pelos investigadores.

Detalhes da Prisão e Operação:
Heller foi capturado em Novo Progresso, Pará, como parte da Operação Retomada, que visa desmantelar um esquema de invasão de terras da União e desmatamento para criação de gado na floresta amazônica. Três mandados de busca e apreensão também foram cumpridos em Novo Progresso (PA) e Sinop (MT).

A Justiça autorizou o bloqueio de R$ 116 milhões, assim como o sequestro de veículos, 16 fazendas, propriedades e a indisponibilidade de 10 mil cabeças de gado. A quantia, de acordo com a PF, é o mínimo necessário para a restauração ambiental das áreas afetadas.

Segundo a PF, Heller teria desmatado 6,5 mil hectares de floresta e apossado ilegalmente de 21 mil hectares de terra da União. A área devastada é equivalente a quase quatro ilhas de Fernando de Noronha, conforme destacado pela corporação.

Histórico de Infrações e Danos Ambientais:
A PF informa que o empresário já havia sido autuado 11 vezes e sofrido seis embargos do Ibama por infrações. Uma perícia identificou danos causados pelo grupo ligado ao grileiro à Terra Indígena Baú.

Desmatamento para Conversão em Pastagem e Grilagem de Terras:
O desmatamento ocorria para abrir espaço para pastagem, bem como para esquemas de grilagem de terras, incluindo áreas indígenas. O pecuarista (não identificado) e sua família realizavam registros falsos no Cadastro Ambiental Rural em nome de terceiros para, posteriormente, destinar a área à criação de gado.

“Tais áreas seriam desmatadas e destinadas à criação de gado. Dessa forma, os verdadeiros responsáveis pela exploração das atividades acreditavam estar protegidos contra possíveis processos criminais ou administrativos, que seriam direcionados aos participantes sem patrimônio”, ressaltou a investigação.

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