Estratégias para um uso equilibrado de tecnologia por crianças e adolescentes

Redação TEV
Redação TEV
Tempo de Leitura 4 min

O tema do uso de telas por crianças e adolescentes é amplamente discutido em famílias brasileiras. Os desafios são variados e muitas vezes decorrem da falta de regulação governamental adequada.

Entendemos que, para muitos pais e responsáveis, o uso de tecnologia se torna uma necessidade para manter os filhos ocupados enquanto trabalham ou estudam. Portanto, apresentamos 11 recomendações e dicas – 6 para pais e responsáveis e 5 para governos – que visam melhorar essa situação e promover um desenvolvimento saudável para as crianças e adolescentes. Confira abaixo nossas sugestões!

  1. Estabelecer limites de tempo de tela:
    É fundamental definir limites para o uso de dispositivos eletrônicos. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que crianças menores de 2 anos não sejam expostas a telas, e que o tempo diário para crianças de 2 a 5 anos seja de no máximo 1 hora. Para crianças de 6 a 10 anos, o tempo ideal é de 1-2 horas por dia, sempre com supervisão. Adolescentes de 11 a 18 anos devem ter o uso limitado a 2-3 horas diárias. Estabelecer regras claras ajuda a prevenir vícios e promove um desenvolvimento equilibrado.
  2. Oferecer alternativas recreativas:
    Incentivar atividades físicas e recreativas é essencial para o desenvolvimento infantil. Brincadeiras ao ar livre, esportes, leitura de livros e atividades na natureza são ótimas opções para afastar as crianças das telas e fortalecer os laços familiares.
  3. Supervisionar o uso de telas:
    Quando possível, é importante monitorar o uso de dispositivos eletrônicos, preferencialmente em áreas comuns da casa. Evitar o uso excessivo e monitorar o conteúdo acessado pode prevenir problemas como exposição a conteúdos inadequados ou interações perigosas online.
  4. Estabelecer regras e senhas:
    Criar regras sobre o uso de dispositivos, redes sociais e senhas é essencial. Isso inclui delimitar onde e quando os dispositivos podem ser utilizados, monitorar o conteúdo acessado e não salvar senhas nos dispositivos para evitar compras não autorizadas.
  5. Proteger crianças de redes sociais:
    Respeitar as diretrizes de idade mínima para redes sociais é crucial para proteger crianças e adolescentes. É importante estar ciente dos riscos associados ao uso precoce dessas plataformas, como exposição a conteúdos inadequados e potenciais perigos online.
  6. Incluir as crianças nas decisões:
    Envolver as crianças nas discussões sobre regras de uso de tecnologia pode aumentar a compreensão e o cumprimento das mesmas. Explicar os motivos por trás das regras ajuda a promover uma utilização responsável e consciente dos dispositivos.

E o que o governo pode fazer?

  1. Combater a exploração econômica infantil:
    Implementar regulamentações que protejam as crianças da coleta indevida de dados pessoais e publicidade abusiva é essencial para evitar prejuízos financeiros e emocionais às famílias.
  2. Informar sobre os impactos na saúde:
    Campanhas educativas sobre os efeitos negativos do uso excessivo de telas na saúde física e mental das crianças são fundamentais para conscientizar pais e responsáveis.
  3. Alertar sobre os perigos das redes sociais:
    Promover campanhas de conscientização sobre os perigos das redes sociais, incluindo a exposição a predadores online, é crucial para proteger crianças e adolescentes.
  4. Estimular a fiscalização pelas famílias e escolas:
    Incentivar a moderação no uso de telas por meio de campanhas educativas e orientação nas escolas e comunidades é uma responsabilidade do governo para promover um uso equilibrado da tecnologia.
  5. Apoiar famílias vulneráveis:
    Fornecer suporte através de creches públicas e melhorias na infraestrutura comunitária pode ajudar a garantir um ambiente seguro e estimulante para o desenvolvimento das crianças em situação de vulnerabilidade.

Essas recomendações visam orientar pais, responsáveis e governos a lidar de forma mais eficaz com o uso de telas por crianças e adolescentes, promovendo um desenvolvimento saudável e equilibrado nesta era digital.

Compartilhe este artigo
Deixe seu comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *