Estresse e síndrome de burnout afetam trabalhadores brasileiros

Brenno Ramos
Tempo de Leitura 3 min

Recentemente, uma pesquisa realizada pela International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR) e divulgada pela revista Istoé revelou um preocupante panorama: 72% dos brasileiros enfrentam estresse no ambiente de trabalho. Além disso, o estudo apontou que 32% dos trabalhadores no país sofrem da Síndrome de Burnout, caracterizada pelo esgotamento mental relacionado às atividades profissionais.

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O Brasil figura como o segundo país do mundo com maior índice de estresse no trabalho, além de ocupar a mesma posição em relação à depressão e ansiedade. Ana Maria Rossi, presidente da ISMA-BR, ressaltou a importância de distinguir entre o estresse positivo e negativo, enfatizando a necessidade de estratégias para gerenciá-los.

De acordo com o Ministério de Saúde

A Síndrome de Burnout surge em decorrência de um ambiente de trabalho exaustivo, marcado pela competitividade e responsabilidades excessivas. Além disso, o advogado especializado em direito previdenciário, André Beschizza, destaca a urgência de abordar questões relacionadas ao bem-estar dos trabalhadores. Ele salienta que a legislação previdenciária pode desempenhar um papel crucial ao garantir direitos, como o afastamento remunerado para aqueles incapacitados pela síndrome.

Beschizza ressalta que o Burnout é reconhecido como uma doença ocupacional, assegurando ao trabalhador a prevenção prevista pela CLT. Além disso, ele esclarece que o INSS oferece suporte nesses casos, concedendo benefícios como auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, mediante a comprovação da relação da doença com o trabalho e a incapacidade laboral.

Para prevenir a Síndrome de Burnout, o Ministério da Saúde sugere estratégias para reduzir o estresse e a pressão no ambiente de trabalho. Entretanto, recomendações incluem cuidados pessoais, como a prática regular de atividades físicas.

Beschizza destaca que fatores como instabilidade econômica e demissões frequentes aumentam a sobrecarga dos profissionais, predispondo-os à síndrome. Além disso, ele enfatiza a necessidade de evolução da legislação para enfrentar esses desafios e promover ambientes de trabalho mais saudáveis, garantindo o afastamento remunerado para tratamento da síndrome.

A não tratada adequadamente, a Síndrome de Burnout pode evoluir para depressão profunda. Por isso, é fundamental que as empresas adotem práticas que promovam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, reduzindo a carga de estresse. A conscientização sobre a importância da saúde mental no local de trabalho é essencial para criar ambientes mais saudáveis e produtivos.

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