Fantástico revela vídeos inéditos de agressões do “Delegado da Cunha” contra ex-companheira Betina Grusiecki
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O programa Fantástico, da Rede Globo, trouxe à tona no domingo (17) graves acusações de violência doméstica envolvendo o deputado federal Carlos Alberto da Cunha, conhecido como “Delegado da Cunha”. Eleito por São Paulo com mais de 180 mil votos, Da Cunha é agora réu por ter agredido fisicamente e verbalmente sua ex-companheira, Betina Grusiecki, de 28 anos. Entretanto, o destaque da reportagem foi um vídeo inédito, gravado por Betina, que documenta insultos e ameaças de morte feitas pelo deputado.
No vídeo, é possível ouvir Da Cunha ameaçando Betina, dizendo explicitamente que iria matá-la. Embora o rosto de Betina apareça em poucos momentos, a gravação capta majoritariamente áudio, incluindo uma discussão acalorada e a respiração ofegante dela, seguida de pedidos de socorro. Betina relatou à Justiça que, durante uma discussão no apartamento do casal em Santos, no litoral paulista, o deputado a agrediu verbalmente e, em outra ocasião, a física, batendo sua cabeça na parede e tentando sufocá-la.
Entretanto, em defesa, o deputado registrou um boletim de ocorrência alegando ser ele o agredido, e tentou justificar as agressões com razões “psicológicas e espirituais”. O Ministério Público, no entanto, concluiu que Betina agiu em legítima defesa. Após o incidente, Da Cunha enviou roupas danificadas e R$ 5 mil a Betina, que foi para a casa do pai.
Além disso, a Justiça concedeu medidas protetivas a Betina e seus pais contra o deputado, ordenando também a entrega de suas armas. As tentativas de acordo propostas pelo deputado através de ligações para a mãe de Betina foram registradas, mas não houve conciliação.
Confira o diálogo:
- Da Cunha: “Vai correndo para casa da mamãezinha”.
- Betina: “Não. Não vou para casa da mamãe”.
[…]
- Da Cunha: “Pode parar. Pode parar, senão vou te matar aqui”
- Betina: “Vai me matar?”
- Da Cunha: Matar.
- Betina: “Ah, então mata.”
Após esse momento, é possível ouvir a respiração ofegante dela.
Betina grita: “Me solta. Chama a polícia. Chama a polícia! Sai.
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