A Justiça federal em Santarém, no Pará, concedeu liberdade provisória ao fazendeiro Arilson Strapasson, acusado de ameaçar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista estava cumprindo agenda na região.
Arilson passou por uma audiência de custódia e a juíza Mônica Guimarães determinou que ele não se aproxime de Alter do Chão, a cerca de 37 quilômetros da zona urbana de Santarém, pelos próximos 10 dias.
A prisão de Arilson ocorreu na tarde de quinta-feira (3.ago) pela Polícia Federal em Santarém. De acordo com comunicado do Palácio do Planalto, o suspeito estava comprando bebidas em uma loja quando teria dito que “daria um tiro na barriga do presidente”. Ele também perguntou às pessoas no estabelecimento onde Lula se hospedaria.
Lula chegou à cidade na tarde de sexta-feira (4.ago) e deve visitar Alter do Chão durante o fim de semana. Na segunda-feira (7.ago), cumprirá agenda em Santarém antes de seguir para Belém, onde participará da Cúpula da Amazônia.
Renato Martins, advogado de Arilson, informou que dois imóveis do suspeito foram alvo de busca e apreensão na sexta-feira (4.ago). “A Justiça entendeu que não havia motivo para manter a prisão porque não houve comprovação de que meu cliente tenha de fato feito a ameaça de atirar no presidente. O que houve foi uma denúncia que deverá ser investigada”, disse o advogado aos jornalistas.
Até a publicação deste texto, Arilson aguardava a comunicação da Justiça ao Centro de Recuperação Agrícola Silvio Hall de Moura para ser liberado.