O Flamengo está na semifinal da Conmebol Libertadores. Em La Plata, o Rubro-Negro perdeu por 1 a 0 no tempo normal, resultado que igualou a disputa no agregado após a vitória carioca no Maracanã, e decidiu a vaga nas penalidades com triunfo por 4 a 2. O goleiro Agustín Rossi pegou duas cobranças e virou o grande nome da classificação. O adversário na próxima fase será o Racing.
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Como foi a noite em La Plata
O Estudiantes começou pressionando, empurrado pela torcida, e ocupou o campo ofensivo com muitos cruzamentos e bolas paradas. O gol argentino saiu no fim da primeira etapa, devolvendo o equilíbrio ao confronto. No segundo tempo, o time da casa seguiu agressivo, rondando a área rubro-negra, enquanto o Flamengo buscava esfriar o jogo com posse mais cadenciada e saídas rápidas pelos lados.
A partida teve momentos de tensão: divididas fortes, cartões pontuais e checagens do árbitro para lances de impedimento e faltas em jogadas aéreas. O Flamengo encontrou dificuldades para reter a bola no terço final, errou mais do que o habitual na última passe e finalizou pouco. Ainda assim, a equipe suportou a pressão até o apito final e levou a decisão para as penalidades máximas.
Rossi decide nos pênaltis
Nas cobranças, Agustín Rossi mostrou por que é referência em disputas desse tipo. Com leitura precisa dos batedores e tempo de reação apurado, o goleiro defendeu duas penalidades e deu ao Flamengo a vantagem necessária para fechar a série em 4 a 2. Além das defesas, chamou atenção a segurança do argentino nas batidas convertidas pelo adversário: esperou até o último instante e obrigou os cobradores a serem perfeitos.
Do lado rubro-negro, os batedores mostraram frieza. Cobranças firmes, alternando cantos e alturas, sem dar chance ao goleiro rival. A postura do time — comemorando cada acerto com intensidade, mas sem perder o foco — ajudou a manter a vantagem construída por Rossi.
O que funcionou (e o que precisa melhorar)
Pontos positivos
- Solidez mental: o Flamengo soube sofrer fora de casa e suportou a pressão em um estádio difícil.
- Rossi em alto nível: mais uma atuação decisiva em mata-mata, coroada com duas defesas nos pênaltis.
- Linha defensiva compacta: mesmo cedendo cruzamentos, a equipe protegeu bem a área em lances frontais.
Ajustes necessários
- Último terço: faltou capricho no passe final e melhor ocupação da área para finalizar jogadas de velocidade.
- Saída de bola sob pressão: em alguns momentos, a equipe ficou exposta ao perder a posse na intermediária.
- Bolas paradas defensivas: o volume de escanteios e faltas laterais exigiu intervenções constantes; reduzir faltas desnecessárias pode baixar o risco.
Próximo passo: Racing na semifinal
Com a vaga confirmada, o Flamengo enfrenta o Racing na semifinal. As datas, horários e ordem dos mandos serão divulgados pela organização do torneio no calendário da fase. A tendência é de dois jogos em sequência, com equilíbrio e atenção máxima aos detalhes — especialmente transições e bola parada, pontos fortes tradicionais de equipes argentinas.
Chave do confronto
- Primeiro jogo: a definir (mandos confirmados após publicação da tabela).
- Segundo jogo: a definir.
- Critérios: gols, saldo e, se necessário, pênaltis novamente.
Números e momentos-chave
- Tempo normal: Estudiantes 1×0 Flamengo.
- Disputa de pênaltis: Flamengo 4×2.
- Defesas de pênaltis de Rossi: 2.
- Cartões: advertências distribuídas para conter excesso de faltas táticas.
- Postura tática: Flamengo alternou bloco médio e baixo, apostando em velocidade pelos lados; Estudiantes manteve pressão alta e investiu em cruzamentos e segunda bola.
Repercussão no elenco
No gramado, jogadores destacaram a resiliência do grupo e a confiança construída ao longo do mata-mata. A comissão técnica ressaltou a leitura de jogo para conter o ímpeto inicial do Estudiantes e elogiou a frieza nas penalidades, reforçando que detalhes definem fases decisivas e que a equipe precisa elevar o nível de execução no último terço para a semifinal.
O que muda no planejamento do Flamengo
Com a classificação, o cronograma rubro-negro ganha ajustes imediatos:
- Recuperação física: foco em regenerativo para quem atuou mais minutos na Argentina.
- Treinos específicos: simulações de pressão na saída de bola e ensaios de bola parada defensiva.
- Gerenciamento de elenco: rotação pontual em compromissos nacionais para chegar inteiro à semifinal.
- Estudo do adversário: análise de padrões do Racing (marcação, transições, jogadas ensaiadas) e preparação de planos A e B.
Termômetro da torcida
A classificação fora de casa em disputa de pênaltis costuma potencializar a confiança do torcedor. A sensação de “time copeiro” reaparece e cria ambiente positivo para lotar o estádio no jogo em casa da semifinal. A venda de ingressos deve ter alta procura assim que a tabela for confirmada, com prioridade aos sócios-torcedores nos primeiros lotes.
Análise tática rápida
- Flamengo: desenho base com laterais atentos ao corredor externo e meio-campo trabalhando para fechar linhas de passe por dentro. Quando conseguiu acelerar, aproveitou diagonais em velocidade. No limite, faltou presença mais constante de um segundo homem na área para atacar o espaço entre zagueiro e lateral adversário.
- Estudiantes: amplitude pelos pontas e cruzamentos em volume para gerar rebotes. Estratégia eficiente para empurrar o Flamengo para trás, mas que encontrou um Rossi em noite inspirada e uma dupla de zaga firme nos duelos aéreos.
Olho na semifinal
Contra o Racing, a gestão emocional seguirá central. Semifinal pede concentração máxima e eficiência: aproveitar as poucas chances criadas e manter a consistência defensiva. Pênaltis não podem ser plano A, mas a confiança construída na disputa em La Plata certamente pesa a favor se a série for a decisões.