“Furacão Virgínia” deve fazer Brasil copiar “boom” dos EUA, explica especialista Charles Mendlowicz

Luke Mesquita
Luke Mesquita - Tendo em Vista
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Para o Economista Sincero, Charles Mendlowicz, a identificação que a esposa de Zé Felipe cria com fãs é alavanca para surgimento de dezenas de novas “micro” marcas

Transformar audiência e seguidores em dinheiro é o desafio do século para quem vive de internet. Vedadas as polêmicas das últimas semanas e sem juízo de valor, Virgínia é um dos grandes nomes do Brasil que exemplificam essa luta: só para se ter ideia, mesmo envolta de críticas, sua base foi uma das nacionais mais vendidas já de 2023 após poucos dias de lançada. 

Para ela, pode parecer – ou ser – fácil. Mas, na prática, são outros 500 que levam seguidores a serem tão influenciados assim, como explica o especialista Charles Mendlowicz. 

“Num momento em que o Brasil vive uma crise e muitos influenciadores optaram por divulgar golpes, robôs e esquemas, o segredo do sucesso de Virgínia é fácil de ser compreendido. Ela simplesmente segue o roteiro básico que funciona, mostrar o seu dia a dia, especialmente agora que é mãe”, considera ele.

Para o analista, a “naturalização” da própria imagem que Virgínia criou gera identificação e, por isso, é que a esposa de Zé Felipe fica cada vez mais popular. “Com essa estratégia de mostrar o ritual pela manhã, tratamentos de beleza, rotinas nas viagens… Ela acaba atraindo uma legião de fãs, que de alguma forma querem viver com ela essa vida de glamour e no meio desse show é que entram os produtos. Algumas vezes por dia ela consegue incluir uma promoção aqui e outra ali”, considera.

Nesta semana, por exemplo, a influencer chegou à marca dos 43 milhões de seguidores só no Instagram e está em projeção crescente – ao contrário do que acontece com muito influenciador que, após um período de ápice, tem um recuo relativamente natural no número de alcance. 

Por outro lado, “audiência não significa automaticamente dinheiro no bolso”, como Charles mesmo define. “(Audiência) significa que você tem um público ali que gosta de acompanhar a sua rotina, os seus conselhos, estilo de vida… Para vender, você precisa entender o que oferecer para essa audiência e que seja algo vinculado tanto ao que você mostra no seu dia a dia quanto ao que o público quer. E isso a Virgínia faz como ninguém”, avalia.

A coluna perguntou ao economista e também influencer Charles Mendlowicz conhecido como Economista Sincero qual a tendência desse mercado:

Charles, que é conhecido na web como o Economista Sincero, ainda analisa que o Brasil deve passar por um processo, a partir de agora, similar ao que outros países já se submeteram: surgimento de grifes diretamente ligadas a influencers que viram “embaixadores”. 

“Apesar de parecer que estamos chegando ao topo de influência e vendas, eu acredito que seja o contrário. Esse mercado está apenas começando. Estamos vendo que influenciadores que antes faziam propaganda para grandes empresas perceberam que eles ficavam com uma parcela pequena das vendas e resolveram abrir as próprias marcas. Então, provavelmente, nos próximos anos veremos uma série de novos negócios surgindo”, conclui. Isso é o que, de acordo com o especialista, já acontece nos Estados Unidos.

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por: Luke Mesquita Tendo em Vista
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Olá! Sou Luke Mesquita, um jornalista apaixonado por explorar e escrever sobre uma variedade de assuntos. Minha especialidade é oferecer dicas e recomendações úteis que ajudam as pessoas no dia a dia. Meu trabalho como jornalista é marcado por curiosidade e dedicação. Como escritor, meu objetivo é fazer com que cada leitor se sinta mais informado e preparado para enfrentar diferentes situações do cotidiano.
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