Um estudo recente publicado na revista Neuropsychopharmacology revela que a genética desempenha um papel crucial tanto na quantidade de café consumida por uma pessoa quanto nos possíveis efeitos desse consumo na saúde. Os pesquisadores descobriram que características relacionadas ao consumo de café são parcialmente herdadas dos pais, com estudos anteriores indicando que até 58% dessa predisposição pode ser genética.
O estudo, liderado por Abraham Palmer da UC San Diego, utilizou dados genéticos de grandes bancos de dados como o 23andMe e o UK Biobank para identificar variantes genéticas associadas ao consumo de café. Eles encontraram genes específicos que influenciam tanto a preferência pelo café quanto a metabolização da cafeína, além de revelar uma ligação entre certas variantes genéticas e um maior risco de obesidade em consumidores frequentes.
No entanto, a relação entre consumo de café e saúde mental foi menos conclusiva. Diferenças nos dados de pesquisas como as feitas pelo 23andMe e pelo UK Biobank mostraram correlações genéticas variadas com condições como ansiedade e depressão, o que sugere que fatores ambientais e culturais também podem influenciar os hábitos de consumo de café.
Essas descobertas destacam a complexidade das interações entre genética, ambiente e hábitos de consumo, ressaltando a necessidade de mais pesquisas para entender melhor essas relações e seus impactos na saúde pública.