O presidente argentino, Javier Milei, declarou que se vê como um potencial candidato ao Prêmio Nobel de Economia. A afirmação foi feita na noite de segunda-feira, 24, durante sua participação em um evento em Praga, onde recebeu um prêmio do Instituto Liberal da República Tcheca.
Milei destacou que, junto com seu principal assessor, o doutor Demian Reidel, está revisando e aprimorando amplamente a teoria econômica. Ele sugeriu que, se suas reformas econômicas na Argentina forem bem-sucedidas, tanto ele quanto Reidel poderiam ser agraciados com o Nobel de Economia.
Contudo, os dados econômicos atuais da Argentina não são animadores. Segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), o Produto Interno Bruto (PIB) do país registrou uma queda de 5,1% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano anterior. Além disso, em relação ao trimestre anterior, a economia encolheu 2,6%. Setores importantes, como construção (-19,7%), indústria de transformação (-13,7%) e atividades de intermediação financeira (-13%), mostraram declínios significativos.
Essa retração coloca a Argentina em uma situação de recessão técnica. Desde que assumiu a presidência em dezembro do ano passado, Milei tem implementado rigorosos cortes fiscais, com foco na redução de gastos públicos e no desinvestimento. No entanto, essas medidas têm enfrentado resistência social e, até agora, não conseguiram promover uma recuperação econômica consistente no país.
Por mais que Milei acredite em seu potencial para ser premiado com o Nobel, os desafios econômicos imediatos que enfrenta são evidentes, e os efeitos de suas políticas ainda estão por ser plenamente avaliados.