A Justiça do estado do Novo México, nos Estados Unidos, cancelou o julgamento do ator Alec Baldwin por homicídio culposo na sexta-feira (12/7), alegando que a promotoria ocultou “evidências cruciais” que poderiam beneficiar a defesa de Baldwin.
Anunciada durante o quarto dia do julgamento, a decisão invalida um caso que já havia sido encerrado anteriormente, impedindo qualquer novo julgamento contra Baldwin.
Se condenado, Baldwin, de 66 anos, poderia enfrentar uma pena de até 18 meses de prisão pela morte da diretora de fotografia Halyna Hutchins durante as filmagens de um filme em outubro de 2021, quando um revólver que ele manuseava disparou acidentalmente, ferindo também o diretor do filme Rust.
A reviravolta no processo teve início depois que um dos advogados de Baldwin descobriu que uma especialista forense recebeu o estojo de balas de um ex-policial e classificou o material como irrelevante para o caso, seguindo ordens superiores.
Em resposta, a defesa argumentou que a polícia não conduziu uma investigação adequada, o que teria impedido Baldwin de comprovar sua versão de que o disparo ocorreu sem que ele acionasse o gatilho.
Ao analisar a alegação, a juíza do caso considerou que a retenção das provas foi intencional e deliberada. Baldwin, visivelmente emocionado, chorou ao ouvir a decisão. Ele deixou o tribunal acompanhado de familiares, optando por não fazer comentários. O ator ainda enfrenta ações judiciais civis relacionadas à tragédia.
Com essa decisão, Baldwin não poderá ser submetido a um novo julgamento criminal.