Lula mantém postura pragmática em indicações ao STF e PGR

Ana Priscila
Tempo de Leitura 3 min

Na posse de Cristiano Zanin no Supremo Tribunal Federal (STF), fontes próximas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmam que sua abordagem pragmática continuará a guiar a escolha do próximo ministro do STF e do procurador-geral da República.

Esses assessores enfatizam que Lula não se sente obrigado a seguir critérios específicos, exceto os de pragmatismo, ao avaliar os currículos e posições dos candidatos.

Um aliado de Lula ressalta que a era do PT romantizado chegou ao fim, não é mais relevante. Agora, a ênfase está no efeito prático. Isso implica, por exemplo, que Lula não se sente compelido a indicar uma mulher para suceder Rosa Weber, que se aposentará compulsoriamente em outubro.

Isso não exclui, no entanto, a avaliação de nomes de mulheres. Pelo menos quatro estão sendo consideradas. Mas também estão sob análise nomes masculinos, como Jorge Messias, Flávio Dino e Bruno Dantas.

Uma facção do Partido dos Trabalhadores defende que o presidente Lula considere perfis femininos para o Supremo Tribunal Federal. Os nomes sugeridos a Lula até o momento incluem:

  • Katia Magalhães, ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST);
  • Simone Schreiber, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região;
  • Dora Cavalcantti, advogada criminalista com atuação na Lava Jato;
  • Carol Proner, professora universitária e integrante do grupo Prerrogativas.

Escolha para a PGR:

Na Procuradoria-Geral da República, Lula também não quer nomear alguém que possa causar problemas no futuro; essa é a consideração primordial.

Em outras palavras, ele deseja alguém comprometido com o país, mas com atuação não política à frente da PGR, para evitar conflitos com o Palácio do Planalto.

Colaboradores de Lula afirmam que o presidente tem dito que não está preocupado se o novo PGR poderá gerar problemas, uma vez que ele não dará motivo para tal.

Até o momento, o nome mais cotado para a PGR é o do vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet Branco, embora o procurador Carlos Frederico também esteja na disputa.

Lula deve escolher alguém da carreira ativa, mas seus assessores têm lembrado que ele pode considerar outras áreas do Ministério Público, como a do Trabalho, e não ficar limitado apenas ao Ministério Público Federal.

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