Na posse de Cristiano Zanin no Supremo Tribunal Federal (STF), fontes próximas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmam que sua abordagem pragmática continuará a guiar a escolha do próximo ministro do STF e do procurador-geral da República.
Esses assessores enfatizam que Lula não se sente obrigado a seguir critérios específicos, exceto os de pragmatismo, ao avaliar os currículos e posições dos candidatos.
Um aliado de Lula ressalta que a era do PT romantizado chegou ao fim, não é mais relevante. Agora, a ênfase está no efeito prático. Isso implica, por exemplo, que Lula não se sente compelido a indicar uma mulher para suceder Rosa Weber, que se aposentará compulsoriamente em outubro.
Isso não exclui, no entanto, a avaliação de nomes de mulheres. Pelo menos quatro estão sendo consideradas. Mas também estão sob análise nomes masculinos, como Jorge Messias, Flávio Dino e Bruno Dantas.
Uma facção do Partido dos Trabalhadores defende que o presidente Lula considere perfis femininos para o Supremo Tribunal Federal. Os nomes sugeridos a Lula até o momento incluem:
- Katia Magalhães, ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST);
- Simone Schreiber, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região;
- Dora Cavalcantti, advogada criminalista com atuação na Lava Jato;
- Carol Proner, professora universitária e integrante do grupo Prerrogativas.
Escolha para a PGR:
Na Procuradoria-Geral da República, Lula também não quer nomear alguém que possa causar problemas no futuro; essa é a consideração primordial.
Em outras palavras, ele deseja alguém comprometido com o país, mas com atuação não política à frente da PGR, para evitar conflitos com o Palácio do Planalto.
Colaboradores de Lula afirmam que o presidente tem dito que não está preocupado se o novo PGR poderá gerar problemas, uma vez que ele não dará motivo para tal.
Até o momento, o nome mais cotado para a PGR é o do vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet Branco, embora o procurador Carlos Frederico também esteja na disputa.
Lula deve escolher alguém da carreira ativa, mas seus assessores têm lembrado que ele pode considerar outras áreas do Ministério Público, como a do Trabalho, e não ficar limitado apenas ao Ministério Público Federal.