Manifestantes discutem planos de explosão em locais do Distrito Federal, revela delegado

Ana Priscila
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Durante os protestos realizados em frente ao Quartel-General do Exército, um dos tópicos de conversa entre os manifestantes era a possibilidade de explodir locais espalhados pelo Distrito Federal. Um depoimento de Armando Valentin Settin Lopes, bolsonarista de 46 anos, detalhou que houve discussões sobre a colocação de uma bomba em um viaduto próximo à Rodoviária do Plano Piloto.

As revelações foram feitas pelo diretor do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Leonardo de Castro Cardoso, durante seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa (CLDF).

Cardoso informou que não foi apenas Armando que mencionou esses planos de incêndio e explosivos em várias regiões. Ele destacou que a ideia de colocar um explosivo no viaduto da Rodoviária do Plano Piloto foi cogitada entre os organizadores dos protestos. Outros depoimentos também indicaram essa intenção em presos relacionados aos eventos de 8 de janeiro.

Armando Valentin Settin Lopes foi preso após participar dos atos de 8 de janeiro, enquanto já estava sendo investigado pela PCDF por seu envolvimento nos protestos de 12 e 24 de dezembro. Durante sua prisão, ele revelou a intenção de explodir uma subestação em Taguatinga, detalhe também mencionado por outro manifestante, George Washington de Oliveira, após sua prisão. A polícia está conduzindo uma investigação para identificar mais envolvidos no atentado à bomba ocorrido em 24 de dezembro.

Leonardo de Castro Cardoso, responsável pelas investigações dos atos antidemocráticos no Distrito Federal, prestará depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos nesta quinta-feira (17/8). O delegado está à frente das investigações sobre eventos golpistas na região, incluindo o atentado frustrado de explodir o Aeroporto de Brasília em dezembro e a prisão dos manifestantes de janeiro.

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