O mercado está prevendo uma redução de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária.
A decisão, que será anunciada ainda hoje, é considerada a opção “mais apropriada” de acordo com o economista-chefe da Ryo Asset, Gabriel de Barros.
Atualmente, a taxa Selic está em 13,25% ao ano.
Em uma entrevista à CNN Rádio, o economista enfatizou que a redução nesse patamar “mantém a política monetária em uma postura restritiva, mantendo os juros elevados, mas diminuindo a distância em relação à taxa de juros neutra”.
Ele explicou que essa é a abordagem mais apropriada do Banco Central neste momento, devido às “muitas incertezas tanto na economia global quanto na economia brasileira”.
Um exemplo dessas incertezas é o aumento dos preços do petróleo, juntamente com a situação fiscal atual, uma vez que “atingir um déficit fiscal zero está se mostrando difícil”, como afirmou o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
“Diante desse cenário, é importante adotar uma abordagem cautelosa em relação à redução das taxas de juros”, acrescentou.
Gabriel de Barros também mencionou que será fundamental prestar atenção ao comunicado do Banco Central, a fim de entender se a queda na taxa Selic continuará nas próximas reuniões e qual é a perspectiva da instituição em relação ao desequilíbrio fiscal.
O economista ressaltou que taxas de juros mais baixas “tornam o crédito mais acessível, estimulam a economia e têm um impacto positivo no consumo”.