Familiares, amigos e fãs se despedem de Nana Caymmi no Rio: “Brasil perde um pouco do que há de melhor na música”, diz filha
O Brasil se despediu nesta sexta-feira (2) de uma de suas maiores vozes. Nana Caymmi foi enterrada à tarde no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, sob aplausos e ao som de “Acalanto” — canção composta por Dorival Caymmi especialmente para ela ainda na infância.
Pela manhã, familiares, amigos e fãs prestaram as últimas homenagens no velório realizado no Theatro Municipal, no Centro da cidade. A emoção tomou conta da cerimônia, marcada por lembranças, reverência e gratidão pela trajetória de uma das intérpretes mais marcantes da música brasileira.
Filha de Dorival Caymmi, Nana morreu na quinta-feira (1º), aos 84 anos, na Casa de Saúde São José, no Humaitá, onde estava internada desde julho de 2024 para tratar uma arritmia cardíaca. Segundo boletim médico, a causa da morte foi disfunção de múltiplos órgãos.
A jornalista Stella Caymmi, filha da cantora, resumiu com emoção o sentimento de perda:
— Eu perco a minha mãe, mas o Brasil perde uma das 20 maiores cantoras do século XX — e, com certeza, uma das cinco do século XXI. Ela era uma mulher corajosa. Nos criou com dignidade, valores, formou o nosso gosto para a música. Era engraçada, espirituosa, surpreendente no modo de falar. Sempre verdadeira, sem medo do politicamente correto.
Com uma carreira que atravessou décadas, Nana Caymmi eternizou sua voz em álbuns icônicos, parcerias marcantes e interpretações profundas — que agora permanecem como legado imortal para a música e a cultura brasileira.
