Nobel de Física 2023 premia avanços que desvendaram o mundo dos elétrons

Brenno Ramos
Brenno Ramos
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O Prêmio Nobel de Física de 2023 foi concedido a três pesquisadores por suas contribuições na área da física de attosegundos, que envolve o estudo de fenômenos em escalas de tempo extremamente curtas, na ordem de quintilionésimos de segundo (attosegundos). Os laureados compartilharão igualmente o prêmio de 11 milhões de coroas suecas (cerca de US$ 1 milhão). É importante destacar que Anne L’Huillier é a quinta mulher a receber o Prêmio Nobel de Física em toda a história do prêmio.

Os premiados são:

  1. Pierre Agostini, franco-americano da Universidade do Estado de Ohio (EUA).
  2. Ferenc Krausz, húngaro-austríaco do Instituto Max Planck de Óptica Quântica.
  3. Anne L’Huillier, francesa da Universidade Lund (Suécia).

A pesquisa premiada se concentra em usar pulsos ultracurtos de luz para estudar o movimento de elétrons em escalas de tempo extremamente pequenas. Isso permitiu medir o deslocamento de elétrons em fenômenos como o efeito fotoelétrico com alta precisão. Essa abordagem tem implicações importantes em diversas áreas, incluindo eletrônica, catalisadores e medicina.

Anne L’Huillier desempenhou um papel fundamental ao mostrar a possibilidade de usar lasers infravermelhos para produzir “sub-ondas” de luz, permitindo o estudo de átomos e elétrons em escalas de tempo extremamente curtas.

Pierre Agostini e Ferenc Krausz aprimoraram essa abordagem, desenvolvendo maneiras de controlar e amplificar essas sub-ondas luminosas. Isso abriu caminho para o uso de pulsos de luz ultracurtos como “microscópios” para observar o comportamento de átomos e elétrons individuais, com potencial impacto em eletrônicos avançados e medicina.

Essa pesquisa representa uma conquista significativa na compreensão e na capacidade de controlar eventos em escalas de tempo ultra-rápidas, o que pode levar a avanços em tecnologia e ciência.

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