No comercial, que celebra os 70 anos da Volkswagen no Brasil, mãe e filha aparecem cantando juntas a música “Como Nossos Pais”, de Belchior, enquanto dirigem. Maria Rita está ao volante de uma versão moderna e totalmente elétrica da Kombi, enquanto Elis está em um modelo antigo. Isso foi possível através da técnica conhecida como “deepfake”, que permite trocar o rosto de uma pessoa em um vídeo utilizando IA. Para a gravação do comercial, a atriz Ana Rios foi escolhida para representar o corpo de Elis. Nas redes sociais, a artista comentou que o set de filmagem foi marcado por muita emoção.
Após a gravação, o rosto de Ana foi substituído pelo rosto de Elis, criado através da tecnologia. O resultado final do comercial gerou discussões no Twitter e dividiu opiniões. Muitas pessoas se emocionaram com a homenagem, mas outras acharam estranho ver a imagem de Elis sendo utilizada em uma publicidade, mesmo com a autorização da família. Alguns consideraram a propaganda como algo belo e sensível, enquanto outros a interpretaram como algo assustador, desrespeitoso, perigoso e distópico.
A utilização de IA e a técnica de “deepfake” podem gerar debates éticos e morais sobre o uso de imagens de pessoas falecidas em contextos comerciais. É importante refletir sobre os limites e o impacto dessas tecnologias, considerando sempre o respeito à memória e ao legado das personalidades envolvidas.