Várias razões contribuem para a insatisfação de alguns setores dentro desse espectro político:
1. Percepção de Conservadorismo: Paulo Gonet é associado a posições conservadoras, especialmente em relação a questões morais e de valores. Essas posturas não se alinham completamente com as pautas progressistas, que muitas vezes defendem maior liberalização de costumes.
2. Atuação em Casos Sensíveis: Sua atuação em casos sensíveis, como na defesa da proibição de manifestações pró ou contra o governo em locais públicos, gerou controvérsias. Parte do campo progressista enxerga essa abordagem como contrária aos princípios da liberdade de expressão e do direito à manifestação.
3. Posições Jurídicas Anteriores: Algumas das posições jurídicas anteriores de Gonet também são vistas com desconfiança por setores progressistas. Isso inclui suas opiniões sobre temas como a criminalização da homofobia, que podem divergir da perspectiva mais inclusiva defendida pelo campo progressista.
4. Contexto Político Atual: O contexto político atual, marcado por polarizações e debates acirrados, contribui para que as indicações para cargos estratégicos, como a PGR, sejam analisadas de maneira mais crítica e sensível por diferentes grupos.
5. Expectativas do Eleitorado Progressista: Muitos eleitores e grupos progressistas possuem expectativas específicas em relação às indicações feitas por lideranças políticas. Quando um indicado não atende plenamente a essas expectativas, isso pode resultar em descontentamento.
6. Necessidade de Diálogo e Transparência: Para evitar mal-entendidos e minimizar descontentamentos, a importância do diálogo e da transparência na escolha de indicados para cargos-chave é ressaltada. A comunicação efetiva sobre critérios de escolha e alinhamento de valores é crucial para construir aceitação.
Em resumo, a insatisfação em relação ao indicado de Lula à PGR, Paulo Gonet, no campo progressista surge de diferenças ideológicas, percepções sobre seu histórico jurídico e a necessidade de maior diálogo para alinhar expectativas. O debate em torno dessas indicações reflete a complexidade do cenário político brasileiro e a diversidade de opiniões dentro do espectro progressista.