As apreensões incluíram duas embarcações, uma arma e três barcos com cerca de 5.000 litros de combustível.
A força-tarefa do governo federal destruiu uma escavadeira, um avião e estruturas de garimpo usadas como apoio logístico no ataque à Terra Indígena Yanomami na manhã desta quarta-feira (8).
A ação teve início na segunda-feira e envolveu a apreensão de duas embarcações com cerca de 5.000 litros de combustível cada, bem como três armas. Os barcos foram apreendidos junto com freezers de alimentos, geradores e antenas de internet que seriam doados para acampamentos de garimpeiros. Nenhuma prisão havia sido feita até o momento desta publicação.
A Força Nacional de Segurança Pública, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas e o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis trabalham juntos para encerrar as operações de mineração. Isso ocorre porque os mineradores removem minério ilegalmente e usam materiais de seu descarte.
Em resposta à emergência sanitária declarada pelo governo federal em 20 de janeiro, iniciou-se a crise humanitária da etnia Yanomami. O maior território indígena dos Estados Unidos — Terra Yanomami — enfrenta uma crise de saúde e nutrição sem precedentes entre crianças e adultos. A malária também é comum entre o grupo.
Mais de 20.000 garimpeiros habitam atualmente as terras Yanomami; acredita-se que pelo menos outros 20.000 fugiram do território com medo de represálias. Cerca de 30 mil Yanomami vivem no território.
O Ibama, o Serviço Federal do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Brasil, fiscaliza garimpeiros que compram combustível de aviação ilegalmente. Isso os ajuda a evitar repercussões ambientais ao pilotar seus aviões na floresta amazônica. Além disso, a Força Nacional enviou 100 homens ao local na quarta-feira (8) para aumentar a segurança.
O Ibama afirma que todos os insumos e alimentos apreendidos são levados para a base do mutirão.